Economia

Mercados regionais despontam como opções para investidores

Brazilian Regional Markets, realizado nesta quarta (24), em São Paulo, reuniu lideranças econômicas e políticas para falar das potencialidades do Espírito Santo, Santa Catarina e Paraná

Tiago Alencar

Redação Folha Vitória
Foto: Allan Teixeira

Os mercados regionais no Brasil estão despontando como opções para investidores e desenvolvimento de grandes projetos. Essa perspectiva foi o destaque do Brazilian Regional Markets, evento realizado em São Paulo nesta quarta-feira (28) pelo Folha Business, por meio de parceria entre a Apex Partners e Rede Vitória.

O encontro reuniu lideranças políticas e econômicas para discutir caminhos visando apresentar as potencialidades dos mercados regionais brasileiros, expandindo a visão dos investidores para além do eixo Rio de Janeiro x São Paulo.

Santa Catarina e Espírito Santo, representados por seus respectivos governadores, serviram, no evento, como modelo de estados que estão prontos para ganhar cada vez mais protagonismo no cenário econômico nacional. O Paraná também teve suas potencialidades apresentadas durante o encontro.

Durante sua passagem pelo evento, o governador Renato Casagrande (PSB), destacou os motivos pelos quais, segundo ele, o Estado tem se apresentado como território atraente para novos investimentos.

Foto: Alan Teixeira
"Nós temos um estado que é, há 12 anos, nota máxima em gestão fiscal, que tem o maior percentual de investimento, quando comparado com a Receita Corrente Líquida, que é de 20%. Conquistamos vitórias importantes na área social, além de termos mantido o estado organizado, equilibrado, com respeito aos contratos, com relação republicana com os empreendedores e com resultado de uma administração pública que vai gerando expectativa para a população que estamos representando", pontuou o governador capixaba.

A fala de Casagrande vai ao encontro do que também ressaltou o secretário de Estado da Fazenda de Santa Catarina, Cleverson Siewert, que frisou o papel da gestão fiscal equilibrada no crescimento do seu estado como potência econômica.

O secretário afirmou que, pela primeira vez em dez anos, as despesas de 2023 foram menores que as registradas em 2022. O Executivo estadual, ainda conforme Cleverson, também promoveu um ajuste fiscal, colocando as contas em dias.

O resultado das ações foi a saída de um déficit em 2022 par um superavit em 2023, o que, na visão do chefe da pasta da Fazenda em Santa Catarina, tem permitido o estado fazer investimentos em infraestrutura. 

Cleverson ainda acrescentou que acredita em uma expansão ainda maior da economia em Santa Catarina, ocasionada pela parceria envolvendo o Poder público e a iniciativa privada.

"Acreditamos, com viés liberal, que recursos da iniciativa privada podem ser aportados por meio de Parcerias Público-Privadas (PPPs) e concessões", asseverou Cleverson.

O governador catarinense Jorginho Mello destacou a importância do evento para que o estado se torne mais conhecido para os investidores:

“Santa Catarina é apresentado como um estado estruturado. É interesse do investidor ir para lá para ganhar dinheiro. A ideia do contato de hoje é que o estado se torne mais conhecido, para que desperte interesse para todo tipo de atividade”, disse o governador.

Bons indicadores do ES apresentados para o Brasil

O diretor-executivo da Rede Vitória, Felipe Caroni, destacou o alcance do evento, além de ressaltar como o Brazilian Regional Markets serviu de vitrine para que o Espírito Santo pudesse apresentar ao resto do país os indicadores que fazem dele uma das principais economias nacionais.

"O Espírito Santo, com os bons indicadores que possui, ter a oportunidade de mostrar isso para o Brasil, na capital financeira do país, é muito importante. Quando juntamos outros dois estados (Paraná e Santa Catarina), que também estão em um rumo de crescimento, de prosperidade e de responsabilidade fiscal, nos associamos aos bons exemplos, fortalecendo as oportunidades fora do eixo Rio de Janeiro X São Paulo", afirmou Caroni.
Foto: Alan Teixeira

Mercados regionais correspondem a 60% do PIB nacional

Segundo dados Apex, dos R$ 10,9 trilhões que totalizam o PIB do Brasil, R$ 6,54 trilhões – ou seja, 60% – são dos mercados regionais. Além disso, eles representam 70% da população, 96% da área territorial do país e são destaques em diversos setores econômicos:

Ainda conforme o levantamento da Apex, o Espírito Santo figura atualmente como o segundo maior produtor de petróleo e gás do Brasil, tendo sua capital Vitória apontada pela Organização das Nações Unidas (ONU) como a segunda melhor cidade para viver no país. É destaque nacional e internacional na produção de café, no polo minero metalúrgico e no setor de rochas ornamentais.

Veja mais fotos do evento realizado em São Paulo:

Allan Teixeira
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Já Santa Catarina surge como líder em exportações do Brasil, tendo como maior compradora a China, uma das potencialidades econômicas mundiais. O estado tem uma das economias mais diversificadas do país, com base industrial e logística. Desponta também no turismo, com o polo turístico de Camboriú.

E, por fim, o Paraná, paralelo às exportações, registra o maior crescimento econômico do país, possui uma plataforma logística com ancoragem portuária e destaca-se pela produção de energia renovável. É, também, referência no agronegócio, com destaque para a produção de proteína animal, soja e milho.

Representantes de diversos setores da economia capixaba

O encontro promovido em São Paulo nesta quarta-feira teve a presente de lideranças empresariais do Estado, entre elas Ricardo Gesse, CEO da Zurich Airport Brasil; Kaumer Chieppe, presidente do Grupo Águia Branca; Luis Cordeiro, presidente do Grupo Estel; Antonio Toledo, CEO da TimeNow; Marcelo D’Arienzo, CEO da Wine; Juan Alves, Vice-presidente da Seacrest; e Fernando Cinelli, presidente da Apex.

Os empresários e executivos convidados representam setores diversos das economias regionais, como varejo, indústria, logística, transporte, saneamento, tecnologia, petróleo & gás, agronegócio e mercado financeiro, e são responsáveis por um volume de investimentos de dezenas de bilhões de reais nos três estados.

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