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Rejeitos da Vale continuam sendo despejados no mar. Veja o vídeo!

Técnicos da empresa e do Iema coletaram material para análise. O resultado pode levar até 15 dias para ser liberado

Após o vazamento de minério de ferro da Vale atingir a Praia Mole, na Serra, que começou na tarde desta sexta-feira,  equipes foram enviadas na manhã deste sábado (02) ao local para continuar a coleta de amostras. O material já foi enviado ao laboratório para análise, porém, o resultado pode demorar até 15 dias para ser liberado. 

A diretora-presidente do Iema, Andreia Carvalho e técnicos do Instituto estiveram no ponto de lançamento de efluentes, na empresa. Também foi informado que, até o momento, os técnicos trabalham com a possibilidade de que uma falha na dimensão da estrutura teria ocasionado o vazamento.

O Iema emitiu um auto de intimação, no qual é exigido um monitoramento completo para avaliação do impacto e a composição desse efluente.

Os rejeitos que vazaram são similares aos presentes na barragem que rompeu em Mariana (MG), como minério de ferro, calcário, bentonita, entre outros. A situação pode ser agravada por conta da chuva.

Segundo o professor da Universidade Federal do Espírito Santo, Luiz Fernando Schettino, o lançamento desses rejeitos no mar intensifica os problemas ambientais da região. "Isso traz consequências possíveis para toda a biota em volta e sinaliza preocupações com a saúde humana. além disso,  demonstra que a capacidade de prevenção que nós temos está muito aquém e a capacidade de gestão precisa melhorar. Não adianta o órgão ambiental ir no local e multar porquê sempre temos repetições desses acontecimentos", comentou. 

A empresa Vale informou, por meio de nota, que em decorrência das fortes chuvas dos últimos dias, está havendo saída de efluentes da Estação de Tratamento próxima ao terminal de Praia Mole, Vitória. Segundo a empresa, durante esta sexta e manhã de sábado choveu na Grande Vitória 133 milímetros, quase o esperado para todo o mês de dezembro, segundo a média histórica de 166 milímetros dos últimos 16 anos. Na nota, a empresa ressaltou ainda que o procedimento é previsto junto aos órgãos ambientais em situações de chuva extrema, que o material é inerte e que já havia passado pelo sistema de tratamento, sendo lançado por um ponto licenciado pelo órgão ambiental e monitorado constantemente pela Vale.

De acordo com a Vale, a empresa comunicou o ocorrido imediatamente ao órgão ambiental e realizou a coleta do material para análise físico-química. Os resultados das primeiras análises mostram que o material está dentro dos parâmetros técnicos definidos. O relatório será encaminhado ao Iema, conforme prevê o procedimento.

A Vale destacou ainda que adotou todos os procedimentos de controle previstos e que todos os equipamentos do sistema de drenagem estão funcionando normalmente de acordo com o projeto aprovado.

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