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'Não há justificativa para a manutenção da greve dos rodoviários', diz GVBus

A categoria, por meio do Sindirdoviários, pede um aumento de 5%, mas os empresários ofereceram um reajuste de 1,83%

O transporte público atua com 70% da frota nos horários de pico e 50% nos demais horários

O Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBus) afirmou em nota divulgada nesta terça-feira (2) que 'não há justificativa para a manutenção da greve' dos rodoviários na Grande Vitória, que já dura oito dias.

Segundo o GVBus, a razão de não haver justificativa para a continuidade da greve é o fato de que não há mais nenhuma negociação prevista entre com o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Espírito Santo (Sindirodoviários).

"Reforçamos que não há mais nenhuma rodada de negociação prevista porque o processo de dissídio coletivo já tramita na justiça (Tribunal Regional do Trabalho), que irá decidir sobre o pelito dos trabalhadores. A pauta para julgamento está marcada para o dia 10 de janeiro. Por essa razão, enfatizamos: não há justificativa para a manutenção da greve", disse o GVBus.

A categoria, por meio do Sindirodoviários, pede um aumento de 5%, mas os empresários ofereceram um reajuste de 1,83%. Sem acordo entre as partes, o transporte público atua com 70% da frota nos horários de pico e 50% nos demais horários.

O GVBus disse que, juntamente com o Setpes, se reuniu para negociação junto ao Sindirodoviários em novembro e dezembro. Nesse período, houve nove encontros: 4 rodadas de negociação, 4 de mediação e 1 audiência de conciliação (Ministério Público do Trabalho e Tribunal Regional do Trabalho).

"Em todos esses momentos, o Sindirodoviarios se manteve intransigente, pleiteando ganhos reais absurdos, fora da realidade do que está sendo negociado por sindicatos de outras categorias em razão da crise econômica. As empresas do setor de transporte urbano metropolitano não têm condições de oferecer mais nada, pois se encontram em situação financeira extremamente frágil! A queda de passageiro já é de 14,6% nos últimos 3 anos. Só o diesel acumula aumento de 26,68% nos últimos sete meses, segundo dados do Valor Econômico", comenta o GVBus.

O sindicato das empresas afirmou que o Sindirodoviários tem ciência de que as empresas não têm como arcar com qualquer reajuste além de 1,83%, índice de inflação com base no INPC. Citou ainda que a proposta que se assemelha aos 1,81% de ajuste anunciado pelo Governo Federal para o salário mínimo.

A reportagem fez contato com o Sindirodoviários para posicionamento sobre a nota divulgada pelo GVBus, mas não teve retorno até o fechamento desta matéria.

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