Polícia

Ex-marido não tem envolvimento em assassinato de médica, garante Homero Mafra

Advogado de Hilário Frasson disse que seu cliente está chateado com insinuações de que ele teria sido o mandante do crime

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Espírito Santo (OAB-ES), Homero Mafra, que nesta quarta-feira (20) assumiu a defesa do ex-marido da médica Milena Gotardi Tonini Frasson, de 38 anos, afirmou que seu cliente não possui qualquer participação no assassinato da ex-companheira. Segundo Mafra, o policial civil Hilário Antônio Frasson está muito chateado com os boatos que foram divulgados nos últimos dias sobre sua suposta participação na morte da médica.

"Ele está muito tranquilo com relação ao fato, muito revoltado com as insinuações e muito dolorido pelo fato que aconteceu e que acabou resultando nessas insinuações que fazem contra ele. Em relação a Hilário Frasson, não têm nenhum fundamento esses boatos em relação à participação dele, de alguma forma, nesse triste episódio que resultou na morte da Milena", afirmou Homero Mafra.

"Espero que sejam identificados os autores, apurada a verdade e trazida à luz para a sociedade capixaba quem participou, e de que forma, desse fato bárbaro, em relação ao qual Hilário não tem nenhuma participação", completou.

Segundo o presidente da OAB-ES, a defesa do policial civil deve ter acesso, até esta quinta-feira (21), a todo o conteúdo do inquérito que investiga o assassinato de Milena.

"Nós estamos tirando cópia para poder examinar, hoje à noite, parte desse inquérito. Uma parte dele também está na Justiça e amanhã nós buscaremos cópia dessa parte que está na Justiça", afirmou Mafra.

Policial civil

Segundos colegas de trabalho de Frasson, ele ainda não voltou a trabalhar desde a morte da médica. Ele trabalha na Chefatura de Polícia e atua na diretoria financeira da Polícia Civil. O ex-marido de Milena iniciou sua carreira na Polícia Civil em janeiro deste ano e segue como funcionário ativo, conforme consta na página da transparência do Governo do Estado. Antes, atuou no Tribunal de Justiça do Espírito Santo como assessor jurídico.

Frasson foi exonerado no final do ano passado para assumir o cargo de investigador na polícia civil. Ele e Milena estavam em processo de separação há três meses. A polícia não confirma se o policial está entre os suspeitos de envolvimento na morte da medica, mas o celular e a arma dele foram apreendidos nos primeiros dias de investigação.

O advogado Hiran Luís Silva, que estava respondendo por Hilário, informou que ele ainda não foi intimado a depor. A Secretaria de Segurança Pública do Estado (Sesp) afirma que a linha de investigação aponta para o crime de feminicidio.

Por telefone, o advogado afirmou que o inquérito foi liberado para acesso dele na manhã desta quarta-feira (20). No entanto, ele alegou que estava em viagem, no interior do Estado, e só deve comparecer à Delegacia de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM) na quinta-feira (21).

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