Polícia

Executor de médica é transferido de cela em presídio de Guarapari

Nesta segunda-feira (25), Dhionatas assinou um documento declarando que não sofre nenhum tipo de ameaça e que não tem interesse em ser transferido da unidade prisional

O acusado de executar a médica Milena Gottardi Frasson, Dhionatas Alves Vieira, foi transferido de cela na unidade prisional de Guarapari e agora passa a dividir o mesmo espaço que o primo Bruno Broetto, que também é suspeito de envolvimento no crime.

Nesta segunda-feira (25), Dhionatas assinou um documento declarando que não sofre nenhum tipo de ameaça e que não tem interesse em ser transferido da unidade prisional. Ele está preso no Centro de Detenção Provisória de Guarapari desde a última quinta-feira (21). Veja o documento abaixo:

Com a intenção de garantir a segurança do cliente dentro da unidade, no dia seguinte o advogado Leonardo da Rocha de Souza, protocolou um pedido de proteção a tetemunhas, na Secretaria de Justiça do Estado.

Após a solicitação, Dionathas foi transferido para outra cela da unidade. De acordo com a defesa, nessa segunda-feira (25), ele passou a dividir espaço com o primo Bruno Broetto, que é suspeito de facilitação no assassinato da médica.

Na quarta-feira (20), o advogado ressaltou que Dionathas temia sofrer possíveis represálias por parte dos demais envolvidos na morte de Milena. "O filho dele já foi tirado da escola, os irmãos dele já estão todos recolhidos, a família está apavorada. Ele está com medo dos demais participantes desse crime bárbaro, que aconteceu quinta-feira passada, e do que eles podem fazer contra a vida dele ou de seus familiares, em função da colaboração que esse rapaz está prestando à delegacia", frisou o advogado.

Na manhã desta quarta-feira (27), a reportagem entrou em contato com o advogado de Dionathas. Por telefone, Leonardo da Rocha afirmou que após a mudança, o cliente passou a se sentir mais seguro.

O crime

A médica foi baleada no último dia 14, ao sair do plantão no Hospital das Clínicas (Hucam), em Vitória. No dia do crime, ela estava acompanhada por uma colega de trabalho, que pegava carona. Milena foi atingida por um disparo na cabeça, e a colega conseguiu escapar.

A vítima chegou a ser socorrida em estado grave para um hospital particular da capital. Na última sexta-feira (15), a equipe médica confirmou a morte de Milena por edema cerebral difuso (por conta da extensão do dano).

O caso ganhou muita repercussão e a investigação seguiu sob sigilo. A Rede Vitória conseguiu confirmar a informação de que dois suspeitos foram detidos. Um deles foi o homem acusado de executar a vítima. Dionathas Alves Vieira está preso no Centro de Triagem de Viana. Ele também responde a outros processos por roubo e até por ameaça a mulher.

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