Polícia

Presos suspeitos de atirarem em policial durante assalto em ônibus na Serra

Eles procuraram atendimento em uma Unidade de Saúde, onde foram detidos pela Polícia Civil

Dois suspeitos de participarem de um assalto à ônibus e balearem um policial foram presos pela Polícia Civil. Cassilandro Oliveira Santos e Alan Silva Diolino, ambos com 18 anos, foram detidos quando procuraram atendimento na Unidade de Saúde de Jacaraípe, na Serra.

De acordo com o delegado Romualdo Giarnodolli, já estava previsto que eles iriam buscar por socorro. "Logo depois do ocorrido, eles tentaram se esconder no bairro, mas pela gravidade dos ferimentos, acabaram sendo hospitalizados. Nós já tínhamos a informação que eles estavam baleados e que se desse entrada algum indivíduo ferido por arma de fogo, que a gente fosse avisado", disse.

O policial civil Job Tadeu Dalla Bernardina, 49 anos, foi baleado durante o assalto dentro do ônibus da linha 501, que liga os terminais Jacaraípe e Itaparica. O civil teria tentado impedir que um dos dois criminosos atirasse contra um passageiro.

Job chegou a dar voz de prisão aos bandidos, mas eles não obedeceram a ordem do policial e atiraram. Um dos tiros acertou a cabeça do civil. O passageiro que foi ameaçado, e preferiu não se identificar, falou como tudo aconteceu.

"Eu olhei pra cara dele pulando a roleta e tinha cara de bandido. Fiquei encarando ele com cara de mal. Foi quando ele veio na minha direção dizendo que eu estava armado e o outro disse 'mata'. Quando ele disse isso, o policial levantou em ato heroico", contou.

Os suspeitos já tem passagens pela polícia. Alan, pelo mesmo tipo de crime: roubo a coletivo. Os dois foram autuados na Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio, em Vitória. De acordo com o delegado, eles confessaram após receberem alta.

O policial ferido continua internado em um hospital na Serra. De acordo com familiares, o estado de saúde dele é considerado gravíssimo. Ele é aposentado e já prestou serviços na Secretaria de Segurança Pública do Estado por 15 anos. Ele é casado e pai de duas filhas.

Familiares do policial estão em oração pela vida dele. Ninguém quis gravar com a reportagem, mas contaram que Job precisa de doadores de sangue. Para o passageiro que teve a vida salva pelo policial, além da gratidão, fica a lição. "As pessoas reclamam da polícia, mas ninguém faz sua parte", disse.

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