Política

Funaro inclui Rose de Freitas em lista de políticos que receberam propina de Eduardo Cunha

Delator classifica Rose e os demais parlamentares como os "deputados que Eduardo Cunha queria eleger para depois de eleitos votarem nele para Presidente da Câmara dos Deputados".

O doleiro Lúcio Funaro incluiu a senadora capixaba Rose de Freitas (PMDB) em uma lista de políticos que receberam propina do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

No depimento à Procuradoria-Geral da República (PGR), divulgado na última semana, Funaro classifica os parlamentares que supostamente receberam essas verbas como os "deputados que Eduardo Cunha queria eleger para depois de eleitos votarem nele para Presidente da Câmara dos Deputados".

Além de Rose de Freitas, diversos outros políticos foram citados na delação, dentre eles Lucio Vieira Lima, Priante, Manoel Junior, Carlos Bezerra e Soraya Santos. O doleiro não especificou quanto cada um recebeu, mas o valor geral repassado foi de aproximadamente R$ 30 milhões, oriundos de um fundo criado por Cunha.

Em determinado momento da delação, Funaro confirma: "Ele [Cunha] deve ter dado alguma ajuda para a campanha da Rose de Freitas para o Senado".

Veja o vídeo da delação. (A senadora Rose de Freitas é citada no minuto 21:32).

Rose de Freitas

A senadora foi procurada, através de sua assessoria, que informou que "a senadora foi eleita para o Senado em 2014, assumindo o mandato em 2015. Por óbvio, não votou para a Mesa da Câmara em 2015. Portanto, não teve influência na eleição do deputado Eduardo Cunha à presidência da Câmara. Ainda segundo a assessoria, "a frase usada pelo delator ao se referir à senadora ("ele deve ter dado alguma ajuda para a campanha"), além de carecer de qualquer indicativo de prova, revela uma afirmação vaga, inconsistente e frágil"

A nota segue informando que "além disso, em nenhum momento o delator indica valores ou eventual contrapartida. Simplesmente porque não existiram e, por fim, a senadora reitera que não recebeu qualquer tipo de "ajuda" nem teve "negócios" com o ex-deputado.

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