Economia

Além de UE e Hong Kong, outros países pediram explicação sobre Trapaça, diz Maggi

Redação Folha Vitória

Além de União Europeia e Hong Kong, outros mercados da carne de aves brasileira pediram informações adicionais ao governo brasileiro, disse nesta quarta-feira, 7, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, sem, porém, especificar quais foram os outros países. "Acho que todos vão pedir", comentou. "Acho legítimo. Eu, na posição de ministro da Agricultura, faria o mesmo."

Corrigindo uma falha de comunicação ocorrida na Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal em março de 2017, o governo enviou informações aos mercados consumidores assim que a Operação Trapaça foi acionada, na última segunda-feira. Informações adicionais serão divulgadas nesta quarta.

"Agora vamos detalhar com mais profundidade as ações que estamos tomando e qual a extensão do problema levantado", disse o ministro.

Ele acrescentou que os problemas apontadas pela Trapaça, que teve como alvo principal a BRF e cinco laboratórios certificadores, ocorreram antes da Carne Fraca. Os fatos relatados ocorreram em 2014 e 2015. A intenção do ministério é traçar uma linha divisória antes e depois da operação, para apartar as irregularidades no período anterior a ela.

Depois da Carne Fraca, explicou o ministro, sua pasta elevou fortemente as exigências sobre os frigoríficos e as empresas fizeram sua lição de casa. "Infelizmente, a BRF foi a mais acusada. Tenho até dó da empresa, porque ela ficou sob nossa orientação, passamos a fiscalizar com muita frequência e eles de fato fizeram a lição de casa, subiram de patamar. No momento em que começava a ganhar elogios, ela leva uma bordoada. Mas são coisas do passado."

O CEO mundial da empresa, José Drummond, e o conselheiro e ex-ministro Luiz Fernando Furlan estiveram na terça com Maggi. O ministro comentou que a empresa está muito confiante nas providências tomadas.

Apesar disso, o governo providenciou o embargo das exportações de três frigoríficos investigados para 12 mercados importadores. O ministro disse que as providências tomadas por eles estão sendo checadas. Se estiver tudo correto, o fim dessa medida será estudado.

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