Economia

G-20: crescimento mundial continua a melhorar, mas riscos persistem

Os ministros do G-20 observam que o investimento e o comércio tiveram uma aceleração nos últimos meses

Redação Folha Vitória

O cenário para economia mundial continua a melhorar e o ritmo de expansão sincronizada dos países é o mais alto desde 2010, ressalta o comunicado final da reunião ministerial do G-20, grupo formado pelos países mais ricos do mundo. O documento, divulgado na tarde desta terça-feira, 20, alerta que os recentes episódios de volatilidade no mercado financeiro mundial são uma sinalização de que riscos e vulnerabilidades persistem.

Uma das preocupações dos ministros e banqueiros centrais é que o "aperto das condições financeiras", ou seja, a alta de juros nos países desenvolvidos, mais rápido que o esperado, além da ampliação de "tensões geopolíticas e econômicas", podem revelar vulnerabilidades nos países, alerta o G-20.

Por isso, os ministros presentes em Buenos Aires recomendam que este é o momento para resolver questões que impedem um maior crescimento estrutural dos países e construir amortecedores que protejam as economias, preparando-as para cenários mais adversos.

Os ministros do G-20 observam que o investimento e o comércio tiveram uma aceleração nos últimos meses. O texto do G-20 não faz menção explícita ao protecionismo, mas ressalta em algumas passagens a importância do comércio para a economia mundial. "O investimento e o comércio internacional são importantes motores para o crescimento, produtividade, criação de emprego, inovação e desenvolvimento."

O documento afirma que os países que formam o grupo vão evitar desvalorizar suas moedas para efeitos competitivos. Taxas de câmbio flexíveis são o primeiro absorvedor de choques dos países, destaca o documento. O texto ressalta ainda que os países que formam o grupo estão trabalhando para fortalecer a contribuição do comércio para as suas economias.

Ao mesmo tempo, o G-20 destaca que excessiva volatilidade e movimentos desordenados no câmbio podem "ter implicações adversas para a estabilidade financeira e econômica".

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