Economia

Ilan: o que importa para a decisão do BC é a inflação

Ilan afirmou que o Brasil está preparado para enfrentar turbulências internacionais, como a crise na Argentina e tensões envolvendo os Estados Unidos

Redação Folha Vitória
O dirigente reforçou que a valorização da moeda americana ante o real está relacionada a questões internacionais e disse que o BC tem de deixar o câmbio ser flutuante


O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, ressaltou na noite desta terça-feira, 8, que o principal ponto de atenção da instituição é a inflação, após ter sido perguntado sobre como as recentes turbulências internacionais podem afetar a decisão de política monetária esperada para a quarta-feira, 16.

"Sobre as condições [para decisão de juros], é muito importante saber que o BC, num regime de metas de inflação, ele olha pra inflação, atividade, é isso que importa na decisão. E por oito vezes ao ano, a cada 45 dias, há uma decisão, e essa decisão será tomada na semana que vem, e vamos analisar todas as condições", disse o dirigente, em entrevista à GloboNews.

Em seguida, ao ser questionado sobre o efeito da disparada do dólar na inflação, o presidente do BC respondeu que é importante saber o que se tem de observar num regime de metas de inflação, como as expectativas para aos preços, a atividade e "olhar para frente". "Eu mesmo já fiz trabalhos no passado em que analisamos como mudanças nesse tipo de variável afetam a inflação. Aí depende da atividade, depende se as expectativas de inflação estão ancoradas", disse.

Ilan afirmou que o Brasil está preparado para enfrentar turbulências internacionais, como a crise na Argentina e tensões envolvendo os Estados Unidos. "Temos os nossos amortecedores", disse o dirigente. "Nos últimos tempos fizemos o dever de casa. Temos de fazer mais. Temos de continuar com agenda e isso é importante", acrescentou.

O dirigente reforçou que a valorização da moeda americana ante o real está relacionada a questões internacionais e disse que o BC tem de deixar o câmbio ser flutuante. "Estamos observando essa questão do dólar, é uma questão internacional. Vimos a questão do Donald Trump, da Argentina, tudo isso tem a ver com fortalecimento do dólar no mundo. Não é contra Brasil, não é contra Argentina, é contra todos os países do mundo", disse.

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