Economia

Spread está caindo no crédito para pessoa física e jurídica, diz diretor do BC

Le Grazie também ressaltou que o crédito imobiliário tem crescido, com spreads baixos, passando de 5% do crédito total há 10 anos para 20% atualmente

Redação Folha Vitória

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Reinaldo Le Grazie, destacou que o custo de crédito tem caído, conforme o Indicador de Custo de Crédito (ICC), desde o final de 2016, tanto para pessoas jurídicas quanto para pessoas físicas. A declaração foi dada na abertura do Prêmio Finanças Mais, do Grupo Estado, nesta terça-feira, 17, em São Paulo.

Le Grazie também ressaltou que o crédito imobiliário tem crescido, com spreads baixos, passando de 5% do crédito total há 10 anos para 20% atualmente. Le Grazie, em sua fala, também exaltou os avanços da Agenda BC+, como a simplificação de compulsórios, acordos econômicos, que, segundo ele, dão segurança para o mercado, além da criação da TLP (taxa de longo prazo, que substituiu a TJLP nos financiamentos do BNDES). "O arcabouço de compulsórios hoje é mais simples." Ele também comentou sobre a centralização das liquidações, que tem se mostrado adequada.

O diretor do BC também destacou que todas propostas dessa agenda são pensadas sempre em discussões com o mercado.

Fintechs

Le Grazie destacou, entre as ações promovidas pela instituição para dar eficiência ao mercado, a normatização e o estímulo a fintechs. "É importante manter barreiras baixas para os novos entrantes no mercado de crédito." Segundo ele, o Brasil aparece "bem na foto" no universo de fintech no mundo.

Em números, conforme Le Grazie, o Brasil terminou o ano passado com 320 empresas desse tipo e deve alcançar 400 neste ano. "É um número alto."

O diretor destacou que as fintechs têm sido um bom instrumento para melhorar o ambiente de meios de pagamento, como, por exemplo, o uso do cartão de crédito como crédito e débito como forma de pagamento.

Le Grazie afirmou ainda que os depósitos voluntários complementam a grade de instrumentos do BC para a política monetária. Ele também mencionou outras ações da agenda BC+ que ainda estão em processo, como a autonomia do Banco Central, que, segundo ele, dará um arcabouço mais adequado para o mandato da instituição.

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