Economia

Projeção para IPC-S do mês é revisada de +0,25% para taxa perto de zero, diz FGV

Picchetti citou como exemplo as variações negativas menos intensa registradas em tomate, de 27,97%, depois de -20,97%; e de carne bovina, de retração de 1,06%, depois de -0,32%; além de frutas, de -0,44%, na comparação com -1,6% na segunda quadrissemana de setembro

São Paulo - A aceleração no ritmo de queda do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da segunda para a terceira quadrissemana levou o coordenador do indicador da Fundação Getulio Vargas (FGV), Paulo Picchetti, a revisar a projeção para o dado fechado do mês. A expectativa saiu de alta de 0,25% para taxa próxima a zero.

Caso confirmada, mostrará uma variação mais favorável que a apurada em agosto, quando atingiu 0,13%. "Alimentação permaneceu caindo e energia elétrica também deve continuar ajudando este mês. O índice deve ficar perto da estabilidade", disse Picchetti, ressaltando que em outubro provavelmente a conta de luz ficará mais cara, diante da estimativa de mudança de bandeira amarela para, no mínimo, a vermelha 1. Em setembro de 2016, o IPC-S fora de 0,07%.

O grupo Alimentação reduziu a velocidade de retração da segunda para a terceira leitura deste mês, de 0,87% para 0,72%. "Está diminuindo o ritmo de queda, mas ainda deve fechar o mês com recuo", afirma.

Picchetti citou como exemplo as variações negativas menos intensa registradas em tomate, de 27,97%, depois de -20,97%; e de carne bovina, de retração de 1,06%, depois de -0,32%; além de frutas, de -0,44%, na comparação com -1,6% na segunda quadrissemana de setembro. "Estão voltando à normalidade", diz.

O conjunto de preços de Habitação, do qual energia faz parte, por sua vez, acelerou a velocidade de baixa 0,14% para 0,27% na terceira medição de setembro. "O contraponto deve ser o grupo Transportes, por causa de combustíveis. Houve aumento no começo do mês e depois desacelerou. No ponta (pesquisa recente) já mostra efeito de altas nos últimos dias pela Petrobras. A parte de combustíveis deve ajudar o IPC-S a ficar mais perto da estabilidade", avalia.

Na terceira quadrissemana, o item combustíveis mostrou alta de 2,13%, na comparação com 2,86% na segunda leitura. A gasolina registrou variação positiva de 2,66% (ante 3,28%), enquanto etanol desacelerou para 0,99%, depois de 2,21%. "No ponta, etanol está subindo cerca de 1,3% e gasolina, na faixa de 3%", adianta.

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