Economia

Hartung reforça necessidade de reformas e vê cenário nacional como 'preocupante'

O governador do Estado participou de uma palestra no Encontro Estadual de Administradores do Banco do Brasil no Espírito Santo

Durante uma palestra ministrada na manhã desta quinta-feira (5) no Encontro Estadual de Administradores do Banco do Brasil no Espírito Santo, o governador Paulo Hartung se posicionou sobre a reforma previdenciária e lamentou o alto impacto da previdência aos cofres públicos. Na ocasião, ele exemplificou a realidade do Governo, que destinou R$ 1,5 bilhão em 2016 para cobrir o rombo previdenciário do Poder Executivo Estadual.

"Isso é uma realidade insustentável para os Estados e para o país. Precisamos aprofundar os debates na sociedade para que todos entendam o tamanho do desafio que estamos vivenciando", alertou Hartung.

Hartung também falou sobre as perspectivas para a economia capixaba e nacional. Para ele, os investimentos previstos no Estado após o leilão realizado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) e a retomada das atividades da mineradora Samarco são fatores que irão influenciar diretamente na economia capixaba de forma positiva, sistêmica e em longa escala.

“Meu olhar sobre o Espírito Santo começa pelo Governo do Estado. Estou otimista porque estamos organizados, e o que entra a mais na arrecadação estamos aplicando na melhoria da qualidade de vida dos capixabas. Meu olhar sobre a economia do Estado também é otimista. Recentemente tivemos um leilão da ANP onde obtivemos êxito. O Espírito Santo foi destaque na área de pós-sal. Isso significa investimentos no Estado da ordem de R$ 50 bilhões nos próximos oito anos. Além disso, ainda temos a retomada da Samarco que, sozinha, representa 5% no PIB (Produto Interno Bruto) do Estado”, analisou.

Situação do Brasil

Sobre o cenário nacional, as perspectivas de Hartung não são muito animadoras, mas o governador acredita que é o momento das diversas lideranças, de cada seguimento do Estado e país, saírem da 'zona de conforto' e discutirem os rumos do Brasil. Ele teme que o cenário seja propício para o surgimento de 'salvadores da pátria' que simplifiquem os debates e não realizem as reformas estruturantes necessárias.

“Minha preocupação é com a influência nacional, que apresenta ambiente péssimo. Claro que a economia está melhorando, mas se ela não seguir assim eu temo pelo surgimento de salvadores da pátria. A crise nacional é estrutural. Ou mudamos ou não teremos futuro. Precisamos modernizar para ter competitividade. Reafirmo: ou reformamos o país ou não teremos lugar neste mundo integrado e competitivo que vivemos”, ponderou o governador.

Na oportunidade, ele também aproveitou para agradecer a presença do Banco do Brasil em território capixaba. “O trabalho de fomento que o banco realiza em nosso Estado financiando a agricultura capixaba é extraordinário”, avaliou. 

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