Economia

Mercado de trabalho substitui mão de obra mais experiente por jovens com salário mais baixo

Estudo comparou o salário médio de admitidos e demitidos durante os nove primeiros meses de 2017, verificando a redução em quase todos os níveis de escolaridade

O Boletim da Economia Capixaba do mês de outubro, produzido pelo Instituto de Desenvolvimento Industrial e Educacional do Espírito Santo (Ideies), entidade do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes) revelou que o mercado de trabalho vem substituindo a mão de obra mais experiente por jovens, que são admitidos com salários menores, estratégia adotada pelas empresa em cenários de redução da atividade econômica. 

O estudo comparou o salário médio de admitidos e demitidos durante os nove primeiros meses de 2017,  verificando a redução em quase todos os níveis de escolaridade (exceto analfabetos). "Esse movimento de troca de profissionais não está restrito apenas ao setor industrial, estando presente também no comércio, nos serviços e na construção civil", destaca a publicação. 

Ao investigar mais detalhadamente esse dado, relacionando o grau de instrução e a faixa etária, o estudo constatou uma variação positiva no saldo de contratação de mão de obra entre 18 e 29 anos: fundamental completo (73), médio completo (1.367) e superior completo (167). Já nas demais faixas etárias, o saldo ficou negativo. 

A análise defende que essa estratégia é fundamental para manter a competitividade das empresas nos mercados interno e externos, mesmo com a política de corte de gastos e do processo de recuperação da crise brasileira. 

No acumulado do ano, de janeiro a setembro, o Espírito Santo registrou um saldo líquido positivo em 1.107 postos de trabalho. Os setores responsáveis por esse resultado foram a agricultura, que obteve acréscimo de 2.184 postos de trabalho, e a indústria de transformação, com aumento de 1.501. Por outro lado, as atividades de comércio registraram um saldo negativo de -3.237.




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