Economia

Alimentação e bebidas recuam 0,05% no IPCA de outubro, diz IBGE

Os alimentos para consumo em casa passaram de uma queda de 0,74% em setembro para recuo de 0,17% em outubro

Rio - As famílias brasileiras voltaram a gastar menos com alimentação em outubro pelo sexto mês consecutivo. O grupo Alimentação e Bebidas saiu de uma queda de 0,41% em setembro para recuo de 0,05% no último mês, segundo os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"A última vez que alimentos tiveram seis recuos seguidos de preços foi em 1997, de abril a setembro", lembrou Fernando Gonçalves, gerente da Coordenação de Índices de Preços ao Consumidor. "Mas a gente percebe que alimentos estão com tendência já de subida (de preços)", completou.

O grupo Alimentação, que responde por 25% das despesas das famílias, ajudou menos a conter a inflação, com uma contribuição de -0,01 ponto porcentual para o IPCA de 0,42% de outubro, após um impacto de -0,10 ponto porcentual em setembro.

Os alimentos para consumo em casa passaram de uma queda de 0,74% em setembro para recuo de 0,17% em outubro. A desaceleração no ritmo de queda teve influência do encarecimento de itens importantes no consumo das famílias, como a batata-inglesa, que passou de -8,06% em setembro para 25,65% em outubro, e o tomate, de -11,01% em setembro para 4,88% em outubro.

Por outro lado, houve redução no último mês nos preços do feijão-mulatinho (-18,41%), alho (-7,69%), feijão-carioca(-3,29%), açúcar cristal (-3,05%), leite longa vida (-2,99%) e arroz (-1,14%).

A alimentação em casa registrou desde uma queda de 1,08% no Recife até um avanço de 0,61% em Curitiba.

Já a alimentação fora do domicílio teve alta de 0,16% em outubro. Os preços foram desde uma queda de 1,46% no Rio de Janeiro até uma alta de 2,55% em Belém.

Aceleração no IPCA geral

A inflação medida pelo IPCA fechou outubro com alta de 0,42% ante um avanço de 0,16% em setembro.

O resultado ficou perto do piso do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que previam uma alta entre 0,40% e 0,55%, com mediana positiva de 0,48%.

A inflação de 0,42% em outubro fez a taxa acumulada em 12 meses subir de 2,54% em setembro para 2,70%. No entanto, a taxa acumulada no ano de 2017, de 2,21%, é a mais baixa para o período de janeiro a outubro desde 1998, quando ficou em 1,44%. Em outubro do ano passado, o IPCA tinha ficado em 0,26%.

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