Economia

Programa Avançar é realista, sem ideias fantasiosas, diz Dyogo

Ministro destacou que o programa Avançar está adequado à realidade mesmo em tempos de ajuste fiscal e que a recuperação econômica não é uma palavra sua

O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, que fazia parte também do governo da ex-presidente Dilma Rousseff, afirmou nesta quinta-feira, 9, em cerimônia de lançamento do Programa Avançar, que agora o conceito do programa é de "responsabilidade". "Não há neste programa ideias fantasiosas, nem ideias magníficas", disse.

Segundo Dyogo, os R$ 130 bilhões de investimento previstos já estão garantidos no Orçamento. "São obras com orçamento, com datas para começar e terminar. É um programa realista", destacou. Dyogo ressaltou que o primeiro critério utilizado para o Avançar foi a disponibilidade orçamentária. "São obras que efetivamente têm possibilidade de entrega até o final do ano que vem", garantiu.

Dyogo afirmou que o governo do presidente Michel Temer tirou o Brasil da pior recessão da história. "E colocamos o Brasil para crescer."

O ministro destacou que o programa Avançar está adequado à realidade mesmo em tempos de ajuste fiscal e que a recuperação econômica não é uma palavra sua, mas sim uma "visão geral do mercado". "Isso não é por acaso, é resultado de ações como essa que estamos anunciando hoje", destacou.

Dyogo disse ainda que o programa traz obras e ações estruturantes para o país, que trarão ganho para o conjunto das regiões. "Não são promessas vãs, são coisas concretas e reais que vamos entregar para sociedade", disse.

O ministro disse que o Avançar traz um conceito da eficiência dos recursos públicos. Entre algumas das ações destacadas, Dyogo afirmou que somente na área social serão entregues 200 mil unidades habitacionais e que na área de saneamento são 50 obras. "No PAC há 5 mil creches que nunca saíram do papel, hoje trazemos aqui o que é viável". Disse.

Dyogo destacou também que as previsões para o Avançar Energia, o maior orçamento do pacote, apontam 97 projetos, entre leilões de geração, transmissão e ofertas de petróleo e gás. Segundo o governo, os R$ 58,91 bilhões estariam associados apenas a dinheiro público. Na prática, trata-se de um cálculo difícil de ser aplicado, já que este setor conta com participação ativa do setor privado, seja de forma independente ou em parceria com estatais.

Na área de transportes, o governo menciona a entrega de 898 km de ferrovias, referindo-se, basicamente, à entrega do trecho sul da Ferrovia Norte-Sul. Não há detalhes, porém, sobre qual investimento do governo do presidente Michel Temer foi contabilizado para esse projeto, já que é tocado há quase uma década e hoje ele está com 92,8% de obras concluídas, conforme dados oficiais da própria estatal Valec.

Dyogo destacou ainda que o projeto Avançar também tem obras na área de habitação, mobilidade e saneamento; os R$ 29,91 bilhões previstos para o Avançar Cidades, trata-se basicamente de empréstimos a serem tomados pelo setor privado junto aos bancos públicos.

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