Economia

Arthur Maia vê crescimento no número de parlamentares favoráveis à reforma

Ele ressaltou ainda que o novo texto, que ainda não foi oficialmente apresentado, retirou qualquer menção à mudança nas regras

O relator da reforma da Previdência na Câmara, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), afirmou nesta terça-feira, 19, que há um crescimento "cada vez maior" no número de parlamentares que se sentem confortáveis para votar favoravelmente à proposta. 

Na avaliação dele, esse sentimento pode levar à aprovação da matéria, mesmo que depois de 19 de fevereiro, data marcada para o início da votação no plenário da Casa.

"Acho que a gente está tendo um crescimento cada vez maior das pessoas que se sentem confortáveis para votar a reforma. Esse sentimento tem se expandido de maneira muito forte nos últimos tempos. Isso pode levar a uma aprovação, mesmo que seja mais para frente", disse o relator em rápida entrevista após participar de almoço com integrantes da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), em Brasília.

O discurso otimista de Oliveira Maia contrasta com o de outros líderes de partidos da base aliada e com o do próprio presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, publicada no fim de semana, o parlamentar fluminense afirmou que, se a reforma não for votada em fevereiro, será praticamente impossível votá-la na atual legislatura, que se encerra em dezembro do próximo ano.

O relator disse ainda ser contra mudar o texto da reforma já aprovado na comissão especial em maio para alterar regras de aposentadorias para servidores públicos que entraram antes de 2003 poderem se aposentar com direito a integralidade e paridade. "Sou contra essa flexibilização. Francamente, não acho que essa modificação vá trazer importante contribuição para aprovação da reforma", declarou

Oliveira Maia ressaltou ainda que o novo texto, que ainda não foi oficialmente apresentado, retirou qualquer menção à mudança nas regras para qualquer tipo de trabalhador rural. "O conceito já está definido: qualquer trabalhador rural de acordo com a Constituição não constará no texto. Ponto final. Não tem o que se falar", disse o relator.

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