Economia

CBIC quer mostrar a parlamentares importância da reforma da previdência para o Brasil

Martins disse que a reforma da Previdência é importante para dar previsibilidade aos investidores e credibilidade ao País

O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, disse que o setor vai trabalhar para convencer os parlamentares a apoiar a reforma da Previdência. "Contem conosco. Estamos aqui para apoiar, defender, sair à luta e demonstrar aos parlamentares a importância da reforma, por mais antipática que ela seja", afirmou, em discurso no Palácio do Planalto, após apelo do presidente Michel Temer.

"Pelo amor de Deus, vamos sair do imediatismo. Precisamos construir um País para nossos filhos e netos", disse. "A reforma tem que ser votada imediatamente. Temos que ir à luta para conseguir os 308 votos."

Martins disse que a reforma da Previdência é importante para dar previsibilidade aos investidores e credibilidade ao País. "Se não tenho previsibilidade, não faço investimentos", disse. Segundo ele, se o setor retomasse o nível de investimentos de 2014, o País teria 1 milhão de empregos a mais.

Constrangimento

Em seu discurso, o presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Fernando Figueiredo, criticou a campanha publicitária do governo para a reforma da Previdência e sugeriu mudanças na propaganda. O slogan é "reformar hoje para garantir o amanhã". "Se me permitem o comentário, é impessoal, não fala com ninguém. Acho que a gente precisa humanizar o diálogo, a mensagem", disse.

O empresário aproveitou para fazer uma sugestão de um novo slogan para que a campanha consiga convencer as pessoas da importância da reforma. "Brasileiro, garantir o seu futuro é a nossa preocupação, é o nosso objetivo", afirmou.

Figueiredo disse ainda que a campanha poderia ser mais didática, esclarecendo questões com frases mais curtas. "A mudança afetará exclusivamente os privilegiados que recebem muito acima do teto. Ponto", disse. Após seu discurso e um silêncio constrangedor, o evento para empresários no Palácio do Planalto foi imediatamente encerrado, sem aplausos ou comentários do presidente Michel Temer.

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