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Lollapalooza 2018: Vanguart flana entre política e candura áspera das canções

Redação Folha Vitória

Fernanda Kostchack, responsável pelas linhas de violino do Vanguart, surgiu no palco Onix, do Lollapalooza 2018, no começo da tarde desta sexta-feira, 23, com uma regata branca, estampada com a frase "contém feminista". Posicionamento efetivo, pontual, necessário. E não foi o único.

Banda com mais de 15 anos de estrada, o Vanguart expressa, no Lolla, a maturidade de um grupo que já correu este País, e sabe o que encontra fora do eixo Rio-São Paulo. São incisivos, ao pedir por amor nas suas canções, ao gritar "Marielle Presente", em lembrança à morte da vereadora do Rio de Janeiro, morta no dia 14 desse mês.

Porque amor, afinal, é um ato político. Foi durante os anos 1970, é em 2018. Necessário, ontem, hoje e amanhã.

Na apresentação, Vanguart tem um punch invejável, suas canções causam o impacto imediato, seja pelos versos criados por Hélio Flanders ou, por vezes, por Reginaldo Lincoln, seja pela guitarra de David Dafré e pelo violino de Fernanda Kostchack.

De volta ao Lollapalooza, o grupo fez um apanhado da carreira, que, como dias e noites, alterna temas solares e outros nem tanto. Seus temas, vão da ausência (em Nessa Cidade) ao preenchimento (Meu Sol). No disco mais recente, Beijo Estranho, do ano passado, eles encontram o meio termo climático, como um pôr-do-sol. Dele, vieram canções como Todas as Cores e E o Meu Peito Mais Aberto Que o Mar da Bahia.

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