Entretenimento e Cultura

Fabiula Nascimento relembra episódio de violência doméstica e diz que não convive com o pai

A atriz abordou o assunto após falar sobre a admiração pela mãe

Estadão Conteúdo

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução / Instagram
Atriz falou sobre o assunto durante um podcast

Fabiula Nascimento participou do podcast Calcinha Larga, com Camila Fremder, Tati Bernardi e Helen Ramos, e revelou que possui um histórico de violência doméstica na família e que não convive com o pai. 

Sem dar muitos detalhes sobre o assunto, a atriz, que está à espera de gêmeos, afirmou que o assunto é bastante delicado em sua vida e que não gosta de expor os detalhes.

Em relação à paternidade, eu não falo mesmo. Porque não foi legal. Gente, eu nunca falei sobre isso. Mas é uma coisa que eu sempre tive vontade de falar. 

Eu acho, hoje em dia, por ele estar vivo e pela violência já ter prescrevido, com o mundo de internet que a gente vive e essa coisa ruim que ela também traz do ódio gratuito, eu não desejo nunca que ele sofra nenhum tipo de violência escrita ou que alguém olhe e fale: Ai, sabe esse cara. Isso não interessa mais.

A atriz abordou o assunto após falar sobre a admiração pela mãe:

Minha mãe é uma pessoa que teve pouquíssimas oportunidades na vida. Ela sofreu muito, no relacionamento, na vida e em casa. Não foi uma vida fácil. Mas é uma mulher que mantém uma alegria assim tão potente. 

O melhor ensinamento que ela me deu foi ter felicidade por estar viva e não ser a mulher que ela foi. Submissa, engolia a violência. Eu olhava aqui e pensava que não queria ser aquela mulher. Isso foi o maior ensinamento que a minha mãe me deu. 

Ela me preparou para uma vida em que eu nunca passasse por isso. Para que eu imediatamente identificar pessoas violentas e não deixar que elas cruzassem o meu caminho. Então ela me deu a vida. É o meu amor. Ela é uma pessoa extremamente amorosa e isso não endureceu, sabe?

E ainda afirmou que não convive com o pai e que segue trabalhando em perdoá-lo:

São anos trabalhando o perdão e desejando as melhores coisas para esse homem, para que ele siga e esteja bem. Sempre foi o meu trabalho espiritual na vida. Não faço uma terapia convencional, sou da terapia holística, há pelo menos uns 8 anos. Venho trabalhando isso. 

Hoje, tenho ele num lugar do meu coração super cuidadinho, sabe? Abracei aquela criança, porque ele também já foi criança, né? Ele também passou dificuldades. E a gente segue. Mas eu não convivo e não tenho nenhuma intensão em conviver.

Sobre não expor detalhes da situação que passou, Fabiula afirma que não faz mais sentido expor o que passou, embora, acredite que ainda haverá um momento que abordará o assunto em forma de arte:

Você não pode dar aquilo que você não tem, cara. Vários irmãos, entendeu? Cada um tem uma vida e uma história. A gente vem aqui para viver e aprender essas paradas. Eu como filha e como pessoa legal vivo neste lugar hoje. 

Quando alguém diz que eu devia contar a minha história de violência doméstica, penso que hoje não vai fazer sentido eu falar. 

Posso falar dessa experiência, mas não preciso dar nome a este homem. Tem um tempo também. De repente, daqui a 30 anos eu queira falar sobre isso, queira fazer uma peça de teatro que conte alguma coisa relacionada. Mas eu sempre sinto que essa história ficou para lá. Meu passado não me pertence, eu vivo hoje.

Pontos moeda