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Areia e vento da praia preocupam pilotos para prova da Fórmula E no Uruguai

Redação Folha Vitória

A Fórmula E realiza neste sábado, em Punta del Este, no Uruguai, a sexta etapa da temporada 2017/2018 preocupada com as condições climáticas. Como a pista de rua está montada na praia Brava, os pilotos estão em alerta para problemas de aderência pelo vento e a areia no asfalto, assim como a temperatura elevada pode diminuir a durabilidade da bateria dos carros elétricos.

O atual campeão da Fórmula E, o brasileiro Lucas di Grassi, disputa a quinta temporada na categoria e considera o circuito uruguaio uma exceção. "A pista aqui é peculiar, por ser na beira-mar com vento e muita areia. Isso deixa difícil o nosso trabalho por ter pouca aderência, principalmente nas chicanes de alta velocidade", disse. Os treinos classificatórios são no sábado pela manhã e a corrida será na parte da tarde.

O campeonato está na metade e quem lidera é o francês Jean-Eric Vergne, que teve passagem pela Fórmula 1. Ele disse preferir manter o otimismo em vez de se preocupar com as condições. "É lógico que tem a areia da praia e o vento, e isso podem dificultar. Mas penso que é igual para todos. Não há vantagem para alguém. Sigo confiante no meu trabalho", comentou.

Como os carros são movidos por baterias, os pilotos pretendem alterar o estilo de guiar para que a temperatura de cerca de 30ºC, como prevista para a tarde de sábado, não desgaste a energia antes do esperado. Nas provas de Fórmula E, os pilotos precisam trocar de carro no pit stop para pegar um outro modelo com bateria carregada. Se não conseguirem administrar o ritmo adequadamente, acabam por perder potência antes do previsto.

"A taxa de consumo é um detalhe importante. É importante a cada volta ver o quanto se está consumindo e estudar com os engenheiros como aumentar a eficiência. Como sempre guiamos em circuitos de rua, demora para se achar o limite de onde podemos andar", disse o brasileiro Nelsinho Piquet, quinto colocado no campeonato deste ano.

A pista no Uruguai é a mais veloz do calendário, o que representa uma armadilha. Quem acelerar demais, desgastará a bateria mais rápido. "Temos que mudar muita coisa no nosso estilo de pilotagem para chegar aqui. Como vai estar calor, estará mais difícil para aferir o nível das baterias", explicou o português Antonio Félix da Costa.

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