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Em Paris, médico da seleção diz que Daniel Alves deverá ficar 6 meses sem jogar

O prazo de recuperação estimado pelo médico Rodrigo Lasmar é de seis meses para o retorno aos gramados em alto nível.

Redação Folha Vitória


Daniel Alves, lateral-direito titular incontestável da seleção brasileira de Tite, não só não poderá jogar a Copa do Mundo da Rússia, como ficará ausente dos gramados nos próximos seis meses. O atleta do Paris Saint-Germain teve confirmada nesta sexta-feira, na capital francesa, uma lesão do ligamento cruzado anterior sofrida na última terça-feira, na final da Copa da França. O prazo de recuperação estimado pelo médico da Confederação Brasileira de Futebol, Rodrigo Lasmar, é de seis meses para o retorno aos gramados em alto nível.

O diagnóstico foi feito em Paris após uma série de exames complementares realizados pela equipe médica do PSG e por Lasmar. Na prática, a junta médica antecipou a conclusão que, em um primeiro momento, aconteceria dentro de três semanas, prazo normal para que o edema diminua e para que a visibilidade da área afetada pela lesão seja mais clara. Como Tite precisa convocar os jogadores que disputarão a Copa do Mundo na segunda-feira, era necessário bater o martelo sobre o futuro de Dani Alves.

"Confirmamos o diagnóstico anterior de uma lesão do ligamento cruzado anterior. Em um atleta profissional como é o caso do Daniel, necessita-se de um tratamento cirúrgico", explicou Rodrigo Lasmar.

A cirurgia provavelmente será realizada em Paris pelos médicos do PSG. Data e circunstâncias serão definidas pelo clube em conjunto com o jogador, e dependem de o joelho desinchar, da recuperação parcial dos movimentos e da diminuição das dores, condições para um melhor quadro para a intervenção. Lasmar afirmou ainda que a tendência é a de que Daniel Alves só volte a jogar em seis meses. "Em uma lesão como essa, a cirurgia necessita um prazo aproximado de seis meses para uma recuperação plena e voltar a jogar", disse o médico.

Ao receber a notícia de que não participará da Copa do Mundo - ao menos não como lateral da equipe - o atleta se emocionou, mas se mostrou resiliente e pronto para encarar a recuperação. "É uma notícia pesada para um jogador com a experiência que ele tem, às vésperas de uma Copa do Mundo. Mas ele tem um equilíbrio, uma condição emocional muito forte", disse Lasmar. "Queria saber o que exatamente estava se passando com seu corpo, que lesão ele tinha e o que precisava fazer para voltar a jogar bola nas condições que ele tinha antes de performance."

Em Paris acompanhando o Lasmar, o coordenador de seleções da CBF, Edu Gaspar, esteve em contato direto com o jogador e também com Tite. O objetivo era definir ainda na capital francesa se Daniel Alves seria mantido na lista ou não. "Temos uma convocação na segunda-feira, por isso a importância de tomar uma decisão em Paris e voltar ao Brasil com a decisão tomada", afirmou Edu. "Estamos embasados e seguros para uma decisão que precisa ser tomada", reforçou.

Segundo o dirigente, Tite tomará a decisão sobre o substituto no final de semana. "O Tite vai convocar os 23 atletas, inclusive se necessário os dois laterais. Mas é uma estratégia dele, se vai convocar dois laterais-direitos e dois esquerdos. A probabilidade é essa", disse. "Ele não vai convocar jogador a mais para cortar mais tarde. É uma situação que não é ideal, é desumano."

NEYMAR - Edu Gaspar retornou a São Paulo ainda à noite. Já Lasmar permaneceu em Paris para examinar Neymar na manhã deste sábado, em uma viagem que já estava programada, e que coincidiu com a análise do caso Daniel Alves. O craque da seleção e do PSG já corre na esteira, em um sinal de recuperação na cirurgia que realizou em um dos pés.

Caso tudo corra bem no exame deste sábado, a tendência é de que Neymar seja liberado para começar os trabalhos físicos, realizar corridas no campo e simulações de jogadas. "Tudo sempre correu como nós imaginávamos", garantiu Lasmar, advertindo, porém, que a recuperação continua. "Mas ainda não está tudo pronto."

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