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Osmar Loss, candidato a suceder Fábio Carille, é o durão que sonha assumir time

Redação Folha Vitória

A saída de Fábio Carille para o Al Hilal, da Arábia Saudita, parece ser uma questão de horas. Se a diretoria resolver apostar mais uma vez em um "prata da casa", o gaúcho Osmar Loss será o treinador e realizará o sonho de sua vida, após ter uma passagem bastante vitoriosa pela base de vários clubes, mas resultados decepcionantes quando assumiu times principais.

Aos 42 anos e natural de Passo Fundo, cidade gaúcha de onde saiu também Luiz Felipe Scolari, Osmar Loss tem uma frase que já virou a sua marca: "Preguiçoso não tem lugar no futebol". O recado é dado sempre que percebe alguém rendendo menos do que o esperado. Estudioso, é fã do estilo José Mourinho e prima pela defesa impecável. Um erro e a bronca é grande.

Membros da comissão técnica contam que ele tem um estilo parecido com o de Fábio Carille, embora seja mais enérgico. A relação entre os dois é ótima e o atual comandante alvinegro é uma referência para ele. "É um exemplo para mim. Foi auxiliar durante oito anos e não escondeu o desejo de ser treinador. Tenho maturidade para saber que vou fazer o meu melhor, colocando-me no momento adequado. Vejo como um avanço na minha carreira", disse Osmar Loss quando virou auxiliar.

Responsável por fazer o churrasco da comissão técnica, Osmar Loss é tranquilo quando não está trabalhando, mas exigente à beira do gramado. No clube, muita gente defendia que ele fosse o técnico quando o presidente Roberto de Andrade optou por Fábio Carille, em dezembro de 2016.

Osmar Loss também achava que não era o momento. Estava no comando do Corinthians que disputaria a Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2017 e ficou para ganhar mais um título. Foram cinco pelo clube em quatro anos de trabalho (dois Paulistas Sub-20 em 2014 e 2015), um Brasileiro Sub-20 (2014) e duas Copinhas (2014 e 2016), em que comandou a equipe em 34 jogos - com 31 vitórias, dois empates e uma derrota.

Antes do Corinthians, Osmar Loss passou pela base do Internacional e Fluminense e comandou o time principal do Juventude, em 2010.

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL - O excelente desempenho com os garotos não se repetiu quando o treinador resolveu se aventurar entre os mais velhos. Foram três passagens e pouco para comemorar. Vale ressaltar que o nível técnico dos elencos que tinha na mão eram bem diferentes daquele que encontrará no Corinthians.

Em 2010, assumiu o Juventude em janeiro e foi demitido em agosto, após cair nas quartas de final do Campeonato Gaúcho e comandar a equipe de Caxias do Sul (RS) por 10 rodadas na Série C do Campeonato Brasileiro - o clube foi rebaixado naquele ano. Foram duas vitórias, nove empates e 11 derrotas.

No ano seguinte, assumiu interinamente o Internacional, quando Paulo Roberto Falcão foi demitido. Em oito jogos teve duas vitórias, quatro empates e duas derrotas. Acabou sendo substituído por Dorival Júnior. Voltou a ser interino em 2012 e colecionou mais três jogos, com uma derrota e dois empates.

Já no Corinthians, onde está desde 2013, viveu experiência curiosa em 2015. Ele foi emprestado para comandar o Bragantino, na Série B do Brasileiro. Mais uma decepção: quatro vitórias, um empate e sete derrotas. Agora, poderá ter a maior chance da vida.

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