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Pênaltis deverão ser frequentes na Copa da Rússia, prevê Taffarel

Na opinião dele, tetracampeão em 1994, a inclusão do árbitro de vídeo no Mundial deverá fazer com que mais faltas dentro da área sejam marcadas.

Redação Folha Vitória


A Copa do Mundo da Rússia pode ser a Copa dos pênaltis. Essa é a previsão do preparador de goleiros da seleção brasileira, Taffarel. Na opinião dele, tetracampeão em 1994, a inclusão do árbitro de vídeo no Mundial deverá fazer com que mais faltas dentro da área sejam marcadas. Por isso, a comissão técnica da seleção planeja um trabalho especial para os goleiros.

"Eu acho que nesta Copa do Mundo, com o negócio do (árbitro de) vídeo, às vezes lances que o juiz não viu, com o auxílio da televisão vão acontecer mais pênaltis. A gente tem que se preparar bastante para isso", afirmou Taffarel nesta terça-feira, durante entrevista coletiva na Granja Comary, em Teresópolis (RJ).

Segundo ele, um trabalho específico voltado às cobranças de pênaltis será feito com os três goleiros da seleção, Alisson, Ederson e Cássio. "Neste primeiro momento não é aquela prioridade. Ainda estamos analisando os adversários, mas depois vamos focar bem nessa questão. Acho que vai ser bastante importante na Copa do Mundo", considerou.

O também preparador de goleiros Rogério Maia, que trabalha no Flamengo e está com a seleção, ressaltou que as penalidades máximas estão cada vez mais frequentes nas partidas. Por isso, ele defendeu atenção especial na preparação dos goleiros.

"A gente faz um trabalho integrado com os analistas de desempenho da seleção, pra buscar informações dos adversários, dos prováveis batedores de pênalti. Os jogos cada vez mais estão equilibrados, e as grandes decisões estão se encaminhando para decisões por pênaltis - basta ver as decisões de estaduais e Copa do Brasil, ou nos jogos de mata-mata, em que as penalidades fazem parte do jogo. A gente não pode deixar de estudar esse tipo de situação", apontou.

Maia fez parte da comissão técnica da seleção que foi ouro nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. Na final, o Brasil bateu a Alemanha justamente nas cobranças de pênaltis. "Cada vez mais essa informação é rica. A gente sabe que a decisão final é do goleiro, mas a nossa função como preparadores de goleiros, integrados com analistas e comissão técnica, é abastecer de informações para que o atleta se sinta seguro e possa ter a melhor escolha", destacou.

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