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Alemães tentam evitar sina de campeões eliminados na 1ª fase

Desde 1998, quando o Mundial passou a ter 32 seleções, dos campeões, somente o Brasil não caiu na fase inicial da Copa do Mundo seguinte


O roteiro tem sido o mesmo. Desde que a Copa do Mundo passou a ter 32 seleções, em 1998, sempre que um europeu é o campeão, ele é eliminado na Copa seguinte. Após a derrota para o México, a Alemanha passou a ser a bola da vez: se perder para a Suécia neste sábado (23), pelo grupo F, será mais uma a fazer parte desta sinistra lista.

Tal situação já tinha ocorrido em 2002 com a França, após a equipe de Zidane ter sido campeã em 1998. A Itália, em 2010, também caiu na primeira fase, após vencer o Mundial de 2006. A última vítima deste verdadeiro filme de terror foi a Espanha, eliminada na fase inicial em 2014, tendo sido a campeã em 2010.

O fantasma da eliminação deixou a equipe alemã tensa durante a semana. O treino de segunda-feira, por exemplo, deixou de ser aberto à imprensa. E os jogadores mostraram-se irritados com as críticas em relação à fraca atuação diante dos mexicanos. 

Na seleção alemã desde 2004, tendo começado como auxiliar-tecnico, o atual técnico Joachim Low está passando por seu pior momento no comando da equipe. Ele, contrariado com a pressão, já adiantou que não jogará no lixo o trabalho de 14 anos, iniciado com vistas a tornar a equipe vencedora a partir de uma base de jovens.

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Sob o comando de Klinsmann, no início dessa transição, a eliminação da equipe nas semifinais contra a Itália, em 2006 não foi motivo de preocupação. Jogadores experientes, como Torsten Frings e Oliver Neuville, começavam a dar espaço jovens como Bastian Schweinsteiger, Philipp Lahm e Lukas Podolski. Isto era considerado algo promissor.

Na Copa de 2010, também parou nas semifinais, diante da Espanha e o seu insinuante toque de bola, denominado tiki-taka. E mesmo com Schweinsteiger dando uma aula de colocação, segurando a criatividade de Xavi, os alemães foram derrotados pelo fatídico gol de cabeça de Puyol, aos 27 do segundo tempo.

O auge, porém, estava por vir. E veio com a geração de Bastian Schweinsteiger, Philipp Lahm e Lukas Podolski, acrescida da presença de craques que despontaram neste ínterim, como Manuel Neuer, Jérôme Boateng, Sami Khedira, Toni Kroos, Mesut Özil, Thomas Müller e Mario Gotze. A seleção foi campeã mundial de 2014.

E Low, em 2018, com 12 anos no cargo, mantém a segurnaça. "Não dá para perder a confiança por causa de um jogo. Eles ganharam muitas coisas, por que se mudaria em um único jogo?", disse em coletiva.

Ele já é o terceiro técnico que mais tempo permaneceu no comando de sua seleção. Está atrás apenas dos campeões mundiais Sepp Herberger (Copa 1974) e Helmut Schon (Copa de 1974). Agora, ele tem uma nova missão.

Já sem Lahm, Schweinsteiger, Gotze e Schurle, que ficaram de fora por diferentes motivos, o time já não é o mesmo de antes. Por isso, "aqueles que ganharam muitas coisas" também estão em transformação. Low, na verdade, anda na corda bamba entre a continuidade e a decadência, trabalhando, sob pressão, a renovação de sua renovação.

As informações são do Portal R7 

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