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Brasil busca reencontrar o "padrão Tite" contra a Costa Rica

Partida é como uma primeira decisão, após empate na estreia, e somente a vitória poderá fazer a seleção retomar a confiança e a tranquilidade

Eugenio Goussinsky, do R7

O maior objetivo do técnico Tite na partida entre Brasil e Costa Rica, pela segunda rodada do grupo E da Copa do Mundo, nesta sexta-feira (22), às 9h, em São Petesburgo, é recolocar a equipe brasileira nos trilhos. O jogo é delicado para as pretensões da equipe na competição. O R7 irá fazer a cobertura em tempo real desta partida.

A partida é uma espécie de primeira decisão, após o frustrante empate com a Suíça na estreia. Somente a vitória poderá fazer a seleção brasileira retomar a confiança e a tranquilidade que caracterizaram a equipe desde o momento em que o treinador assumiu o cargo, em junho de 2016.

Na véspera da partida, Tite já teve de lidar com o primeiro imprevisto: Danilo, contundido no quadril, dará lugar a Fagner na lateral-direita.

E foi justamente para evitar ser surpreendido pelos imprevistos que, durante a semana, o treinador insistiu em corrigir a colocação dos jogadores em campo. Seu objetivo era para que eles recuperassem, também no aspecto mental, o "padrão Tite" de bloqueio defensivo, toque de bola envolvente e bom poder de finalização.

O treinamento de jogadas aéreas também foi intenso. Foi desta maneira que a Suíça fez o gol de empate, na jogada que mais tem deixado a defesa brasileira vulnerável.

Tite acredita que, com todos esses conceitos fluindo de forma natural, a vitória ficará muito próxima, independentemente do adversário.

No empate por 1 x 1 contra a Suíça, a atuação da seleção contrastou com as belas performances nos amistosos contra a Croácia e a Áustria, no início de junho. O treinador, nesta semana após a estreia no Mundial, se deparou com uma pressão até então inexistente em seu período na seleção.

A ideia dele, no entanto, é justamente manter a equipe que iniciou a última partida (com exceção de Danilo), apostando que o destaque do time, Neymar, tenha se recuperado de dores no tornozelo, que o tiraram de um treino nesta semana.

O esquema, afinal, deu certo em várias ocasiões e, na visão do treinador, não seria um único resultado decepcinante suficiente para provocar alguma mudança.

A última boa partida da seleção foi diante da seleção austríaca, que joga de maneira similar à da Costa Rica. Assim como a equipe européia, o time costarriquenho, dirigido por Óscar Ramirez, atua com um trio ofensivo, formado por Bryan Ruiz, Ureña e Venegas, este na função de finalizador.

E na defesa, por outro lado, o modelo 3- 4-3 se transforma em 5-4-1, o que obrigará a seleção brasileira a atacar tanto pelo meio quanto pelas laterais. Em relação à equipe que perdeu para a Sérvia, por 1 x 0, Ramirez fara apenas uma alteração: o lateral-esquerdo Oviedo entrará no lugar de Calvo.

A variação tática da Costa Rica somente pode ser superada se o Brasil buscar o ataque com pelo menos cinco jogadores, no caso os meias Willian e Philippe Coutinho, os atacantes Neymar e Gabriel Jesus e o avanço de Paulinho ou de um dos laterais. O outro, conforme Marcelo frisou, recuará para ajudar na cobertura.

Outra questão com a qual o técnico se preocupou nesta semana foi em relação ao aspecto psicológico dos jogadores. Ele procurou manter o moral do time em alta, mesmo após o empate na estreia.

Já a Costa Rica viveu semana ainda mais turbulenta, com rumores de que o elenco estava rachado, que surgiram após discussão entre González e Venegas, durante uma roda de bobinho.

Equipes prováveis

BRASIL X COSTA RICA

Data e local: sexta-feira (22), às 9h, no Estádio Krestovsky, em São Petersburgo

Árbitro: Bjorn Kuipers (HOL)

Assistentes: Sander van Roekel (HOL) e Erwin Zeinstra (HOL)

Brasil: Alisson; Fagner, Thiago Silva, Miranda e Marcelo; Casemiro, Paulinho e Philippe Coutinho; Willian, Neymar e Gabriel Jesus. Técnico: Tite.

Costa Rica: Navas; Gamboa, Acosta, González, Duarte e Oviedo; Guzmán, Borges, Ruiz e Campbell; Ureña. Técnico: Óscar Ramírez.

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