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Médico da seleção: dor de Neymar é por pancadas que sofreu da Suíça

Rodrigo Lasmar, médico da seleção brasileira, afirmou ao R7 que dor no tornozelo não tem relação com a cirurgia e que o jogador está bem

Neymar deixa treino acompanhado de seu fisioterapeuta (Foto: Reuters/Hannah Mckay)

O ortopedista Rodrigo Lasmar, médico da seleção brasileira, afirmou à reportagem do R7 que a dor no tornozelo relatada por Neymar no treino desta terça-feira (19) está relacionada às pancadas sofridas no jogo de estreia do Brasil na Copa da Rússia contra a Suíça no último domingo (17).

"Neymar se queixou de incômodo no tornozelo em decorrência das pancadas que levou no último jogo. Treina amanhã normalmente. Nenhuma relação com o local da cirurgia, que está muito bem", disse.

Ao aparecer no treino da seleção em Sochi, na Rússia, nesta terça, Neymar estava sorridente mas, logo, o tempo fechou para o craque, que não conseguiu passar dez minutos em uma "roda de bobinho".

O jogador deixou o treino mancando, ao lado do fisioterapeuta Bruno Mazziotti, após sentir dor no tornozelo direto. No vídeo, o atleta ainda tira as chuteiras e massageia o pé, indicando a Mazziotti onde sente dor, e o fisioterapeuta analisa o local.

No dia 3 março, Neymar foi submetido a uma cirurgia no pé direito após uma fratura no quinto metatarso, osso que liga a lateral do pé ao dedo mínimo, durante uma partida do Paris Saint German.

A fratura ocorreu devido a uma torção do tornozelo que provocou a tração do tendão do fibular curto, que está ligado ao metatarso. A cirurgia, de médio porte, incluiu implante (parafuso) e mobilização pós-operatória, afastando o jogador dos campos durante dois meses.

O ortopedista Maurício Póvoa, do Hospital Moriah, explica que é comum a presença de dor após desgaste da competição. "Ele está voltando ao ritmo de treinos de alta performance", afirma.

"Em relação às faltas, eu não vi nenhuma diretamente no pé. As dores podem estar relacionadas mais ao esforço do que às pancadas propriamentes ditas. Acredito que o estresse mecânico, e um tornozelo que passou recentemente por um procedimento, que talvez ainda não esteja com a força plena, podem estar relacionados", completa.

Póvoa afirma que o jogador provavalmente fará exames para verificar o osso operado para se certificar de que não há nenhum problema, o que vai gerar mais confiança ao atleta.

Já o fisiologista do esporte Paulo Zogaib, professor de medicina esportiva da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), explica que essas dores costumam ser fortes e que, o fato de o tornozelo ser um osso praticamente exposto, as lesões podem provocar edemas, tornando o local inchado e dolorido.

*Estagiária do R7 sob supervisão de Deborah Giannini

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