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Guarani e Internacional fazem o confronto de campeões brasileiros na Série B

O clube campineiro não ganha há cinco jogos, enquanto o time do técnico Guto Ferreira, por outro lado, vem de duas vitórias seguidas

O tão esperado confronto entre os dois únicos campeões brasileiros que estão na Série B acontece neste sábado, às 16h30. O Guarani recebe o Internacional, no estádio Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas (SP), pela 19.ª rodada - a última do primeiro turno. Além de dois clubes tradicionais, estarão frente a frente times que vivem momentos opostos na competição.

O clube campineiro não ganha há cinco jogos - são três empates e duas derrotas seguidas. O time do técnico Guto Ferreira, por outro lado, vem de duas vitórias seguidas, por coincidência no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre - diante do Oeste (2 a 0) e Goiás (3 a 0). Mas não vence três partidas consecutivas desde fevereiro, quando ganhou de Oeste pela Copa do Brasil, Brasil-RS pelo Campeonato Gaúcho e Criciúma na Copa da Primeira Liga. A equipe, na ocasião, era dirigida por Antônio Carlos Zago.

Mas os dois campeões estão bem próximos na tabela de classificação. O Guarani tem 28 pontos e saiu do G4, a zona de acesso, após 13 rodadas seguidas. O Internacional, de repente, assumiu a vice-liderança com 30 pontos e promete brigar pelo título. Para o técnico Osvaldo Alvarez, o Vadão, do time paulista, o rival gaúcho é favorito no jogo e ao acesso. "Eles têm um elenco de Série A, demoraram um pouco para engrenar e até perderam alguns jogos. Mas são os melhores desta competição disparados", afirmou.

Vadão, porém, evitou falar em crise e "apenas uma turbulência normal" gerada pelas derrotas seguidas para Londrina (3 a 2) e Luverdense (1 a 0). Mas lembrou que este jogo ganhou importância maior porque o seu time precisa da vitória para chegar à meta de 30 pontos estipulada para o primeiro turno. "Agora temos a obrigação de vencer, mas sabemos das dificuldades que teremos", concluiu.

Vivendo seu pior momento, Vadão resolveu apelar para o mistério. O certo é que Auremir, negociado com o futebol da Turquia, está mesmo fora do confronto, o que projeta mudança no meio de campo e outra no ataque porque Gabriel Leite, machucado, está vetado pelos médicos.

No meio de campo é certa a volta do experiente Fumagalli, de 39 anos, também poupado no último jogo para evitar um maior desgaste físico. Ele tem sido mais utilizado nos jogos dentro de casa e continua sendo útil nos lances de bola parada como falta, escanteios e até pênaltis. O time deve ter três volantes - Evandro, Richarlison e Dener - e apenas Eliandro no ataque.

Guto Ferreira também adota o mistério no Internacional. Mas confirmou a volta do meia argentino D´Alessandro, que cumpriu suspensão automática, e deve jogar ao lado de Camilo, que fez uma bela atuação na sua estreia. Quem sai é Eduardo Sasha´, que sofreu um pancada no ombro e deve compor o banco de reservas.

O atacante uruguaio Nico López, recuperado de lesão, também será opção porque William Pottker e Leandro Damião agora são os novos titulares do ataque. Mesmo assim, o técnico colorado preferiu deixar tudo em dúvida para atrapalhar o raciocínio do adversário. "Existe a possibilidade de o Camilo jogar junto com o D´Alessandro porque ele já jogou aberto em outros times. No ataque, o Sasha treinou normalmente, Nico também, mas não tenho uma definição adiantada", despistou Guto Ferreira.

HISTORIA - O time de Campinas ostenta com muito orgulho o fato de ser o único clube do interior do Brasil e levantar o principal título nacional em 1978. Tinha um grupo de craques, liderado pelo experiente volante Zé Carlos, ex-Cruzeiro, e com os meias Renato e Zenon, além do artilheiro Careca. O técnico era Carlos Alberto Silva, que morreu no ano passado, mas dirigiu grandes clubes como Corinthians, São Paulo, Cruzeiro e Atlético Mineiro.

Além disso, o time campineiro foi vice-campeão nacional em duas temporadas seguidas - 1986 e 1987 - e levantou a Taça de Prata, a antiga Série B, em 1981.

Enquanto isso, o Internacional é tricampeão brasileiro (1975, 1976 e 1979), sendo o último conquistado de forma invicta. Aquela formação contava com craques do calibre de Paulo Roberto Falcão, Valdomiro e Mário Sérgio. Um dos clubes mais tradicionais do país, o time ainda ganhou duas vezes a Copa Libertadores (2006 e 2010) e o Mundial de Clubes da Fifa de 2006.

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