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Entrave sobre tempo de contrato deixa Ricardo Oliveira perto de adeus ao Santos

O atacante deseja firmar um compromisso de pelo menos dois anos com o time para permanecer, mas o novo presidente santista não quer aceitar proposta

Santos - Ricardo Oliveira pode estar vivendo os seus últimos dias como jogador do Santos. O atacante, que tem contrato com o clube até o final do ano, deseja firmar um compromisso de pelo menos dois anos com o time para permanecer, mas o novo presidente santista, José Carlos Peres, deixou claro, na noite da última segunda-feira, que não aceitará um acordo com este período de duração para manter o goleador na Vila Belmiro.

Durante sua posse simbólica como novo mandatário santista, Peres negou que o jogador de 37 anos esteja de saída, mas adiantou que não vai oferecer um contrato de duas temporadas ao veterano.

"Há um obstáculo: ele quer dois anos, mas não dá para fazer contrato de dois anos, pois seria prejuízo para o clube. Se ele topar um ano, fica", avisou o dirigente, que foi empossado para o triênio 2018-2020 após superar Modesto Roma Júnior, que fracassou recentemente na tentativa de se reeleger no cargo.

Ao ser questionado sobre o futuro de Ricardo Oliveira, Augusto Castro, empresário do atacante, admitiu que há uma "tendência" pela não renovação do contrato do jogador, tendo em vista este entrave relacionado ao tempo de acordo do compromisso.

E o agente revelou que Modesto Roma Júnior, que fica na presidência santista até o final deste ano, chegou a fazer uma proposta de renovação em um contrato de dois anos, mas Castro salientou que o valor financeiro oferecido não agradou e, por isso, a negociação não andou.

POSSE 

Na posse ocorrida no final da noite de segunda-feira, Peres comemorou a chance que terá de comandar o Santos e exibiu otimismo ao projetar a sua gestão.

"É um momento de muita emoção, mas de muita garra e muito trabalho. Estamos montando uma equipe profissional. O Santos sempre foi protagonista e vai continuar sendo. O balanço desta primeira semana do período de transição é muito bom. Nós temos pela frente a Libertadores e a Copa do Brasil, que vai dar R$ 70 milhões ao campeão e vamos buscar na raça. Por isso temos que ter um time forte, que é o nosso maior objetivo. E vamos precisar muito do sócio e do torcedor", ressaltou o dirigente.

Na mesma noite de segunda, o ex-mandatário santista Marcelo Teixeira também foi eleito novo presidente do Conselho Deliberativo ao triunfar em eleição apertada na qual derrotou Otávio Alves Adegas. E ele procurou adotar um discurso de paz em um momento no qual o clube vive grande racha político.

"É uma vitória do Santos, da unidade, da pacificação, em busca do melhor para o clube. De uma forma muito transparente, independente e de apoio as ações da diretoria. Temos a experiência necessária para lidar com todas as situações, sempre dentro de um critério onde os conselheiros estarão avaliando, fiscalizando, principalmente decidindo todas as melhores ações para o Santos. Nas comissões teremos pessoas capacitadas para desenvolverem estudos, definirem trabalhos e apresentarem ao Conselho Deliberativo o melhor resultado inerente as suas obrigações", disse o dirigente, que anteriormente foi presidente do clube entre 1991 e 1993 e depois entre 2000 e 2009.

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