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Expedição vai explorar cadeia de ilhas Vitória-Trindade

Nesta semana terá início uma expedição com grande expectativa de registrar novas espécies e ambientes marinhos nos montes submarinos da cadeia de ilhas do litoral capixaba

A Cadeia Vitória-Trindade reúne condições únicas no planeta para a realização desse estudo. Foto: Hudson Pinheiro

Uma equipe técnica científica composta por nove integrantes associados a quatro instituições brasileiras e internacionais partem do continente esta semana com o objetivo de registrar novas descobertas sobre a biodiversidade e a origem da vida marinha na cadeia de ilhas e montes submarinos Vitória-Trindade, localizada entre 150 e 1200 km da costa.

Segundo os pesquisadores, a Cadeia Vitória-Trindade representa um dos melhores ambientes marinhos do mundo onde é possível estudar os processos de evolução nos oceanos. “Não estamos descobrindo somente espécies novas, mas ecossistemas novos também”, diz Dr. Hudson Pinheiro, da Associação Ambiental Voz da Natureza, pesquisador associado a Academia de Ciências da Califórnia e chefe da expedição

A expedição conta com representantes da Voz da Natureza, responsável pelo projeto e especializada na criação e manejo de áreas protegidas. São parceiros a Fundação Boticário, o ICMBio, o Ministério do Meio Ambiente, e Igor A. Souza, proprietário do veleiro Paratii2, embarcação que já realizou inúmeras viagens à Antártica.

A Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), a Universidade Federal da Paraíba, Universidade Federal do Pará, e a Califórnia Academy of Sciences formam o braço científico da expedição. A Voz da Natureza sempre teve o apoio científico da UFES. Recentemente essa parceria expandiu seus horizontes com a chegada da CalAcademy e das outras universidades.

A Cadeia Vitória-Trindade, localizada na costa capixaba, reúne condições únicas no planeta para a realização desse estudo. Seus montes submersos não extremamente isolados e profundos. Os especialistas irão utilizar técnicas avançadas de mergulho e equipamentos específicos para explorar áreas com até 150 metros de profundidade.

Por suas características únicas, essa região submersa e relativamente desconhecida da ciência pode ser fonte de diversas descobertas que ajudem a compreender a evolução das espécies endêmicas do local, esperam os pesquisadores.

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