Área das paneleiras de Goiabeiras será revitalizada
A rua das Paneleiras também receberá nova sinalização horizontal e vertical. O investimento é de R$ 506 mil
A tradicional área de queima das panelas de barro, em Goiabeiras, agora vai ganhar um espaço adequado para que as paneleiras possam fazer sua produção com conforto e segurança. Ele também permitirá aos turistas e visitantes acompanhar a etapa dessa atividade tão típica dos capixabas.
A ordem de serviço da urbanização desse local e do ancoradouro acontece neste sábado (23), às 10 horas, ao lado do Galpão das Paneleiras. A previsão é de que as obras sejam concluídas em cinco meses.
Hoje, o espaço é de chão e conta, em parte, com uma cobertura simples. Ele irá receber infraestrutura, drenagem, pavimentação, iluminação, plantio de árvores, além da realocação de postes. A rua das Paneleiras também receberá nova sinalização horizontal e vertical. O investimento é de R$ 506 mil.
As características rústicas do local e todo o secular processo de confecção das panelas serão preservados para não perder o valor cultural. O objetivo é levar melhorias tanto para as mulheres que há gerações confeccionam os artefatos quanto para os turistas que visitam o local diariamente.
Melhorias
Entre as melhorias do local, está a construção de um deque de madeira, que terá uma parte flutuante. No local, poderão atracar barcos pesqueiros da comunidade do entorno e também embarcações turísticas.
A ideia do projeto é trazer mais conforto para as paneleiras durante o processo e tornar o ambiente mais seguro. Haverá cinco pontos delimitados para a queima (etapa em que a panela vai para o fogo para secar a argila) e depósitos deslizantes para a madeira. A área de açoite, na qual as panelas são tingidas e seladas, será coberta com um material próprio e anti-inflamável e haverá um espaço próprio para o armazenamento da matéria prima, o barro.
"Como primeiro patrimônio imaterial brasileiro, as paneleiras de Goiabeiras são um atrativo cultural e um diferencial para a cidade de Vitória, que tem o privilégio de ter uma comunidade tradicional em área urbana e em uma capital. Isso confere modernidade e tradicionalidade na mesma cidade. Por isso, elas merecem toda a atenção que estamos dando", disse o diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento de Vitória (CDV), Leonardo Krohling.
