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Movimento contra armas é só o começo, diz sobrevivente de ataque na Flórida

Redação Folha Vitória

Face mais visível dos estudantes que pedem o controle de armas nos EUA, Emma González disse neste domingo que a 'Marcha por Nossas Vidas' é apenas o começo do movimento. Nos próximos meses, os jovens pretendem se dedicar à mobilização de eleitores para derrotar nas urnas candidatos que não se alinhem com suas propostas. Em novembro, os americanos votarão para renovar a Câmara dos Deputados, parte do Senado e vários governo estaduais.

No sábado, Emma realizou o discurso de maior impacto durante a marcha que reuniu centenas de milhares de pessoas em Washington e em 800 cidades nos Estados Unidos e ao redor do mundo. Depois de falar por quase dois minutos, ela ficou em silêncio por quatro minutos e 26 segundos, olhando para a multidão enquanto lágrimas escorriam por seu rosto. Emma voltou a falar seis minutos e 20 segundos depois de ter subido ao palco, exatamente o mesmo tempo que o atirador Nikolas Cruz usou para matar 17 alunos e professores de sua escola em Parkland, na Flórida.

"Nós não temos apoio apenas em todo o país. Nós temos apoio ao redor do mundo", disse a filha de imigrantes cubanos em entrevista à rede de TV CBS. Os estudantes da Flórida conseguiram mobilizar diferentes grupos da sociedade americana em defesa de leis mais rigorosas sobre armas. As marchas realizadas sábado atraíram jovens, mas também adultos, sobreviventes de outros massacres, negros que protestam contra violência policial e até donos de armas que são a favor da proibição de venda de fuzis semi-autormáticos como o AR-15.

Pesquisa divulgada neste domingo pela conservadora Fox News mostrou que apenas 37% dos entrevistados apoiam a proposta do presidente Donald Trump de armar professores para reagir contra eventuais ataques. A medida é condenada por 57%. A rejeição à ideia ficou evidente na marcha de sábado quando o estudante Ryan Deitsch disse em seu discurso "nós precisamos armar nossos professores". Muitos no público se mostraram incrédulos e começaram a vaiá-lo quando Ryan emendou "nós precisamos armar os professores com canetas, lápis, papel e o dinheiro que eles precisam para se sustentar e sustentar suas famílias".

O levantamento da Fox também revelou que a proibição da venda de fuzis semiautomáticos recebeu apoio de 60% dos entrevistados.

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