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Programada para janeiro, duplicação da BR-262 não tem previsão para começar

Ordem de serviço para início das obras foi assinada em outubro do ano passado. Segundo Iema, DNIT precisa resolver pendências para que empresa seja liberada a trabalhar

Trecho próximo ao Trevo de Paraju será o primeiro duplicado na BR-262

Principal ligação da Grande Vitória com a região Serrana do Espírito Santo e com o estado de Minas Gerais, a BR-262 está com a sua duplicação paralisada. Programada para começar até o dia 10 de janeiro, após a assinatura da ordem de serviço, em outubro do ano passado, a primeira parte da obra, que compreende um trecho de 7,5 quilômetros, entre o trevo de Paraju até Marechal Floriano, está paralisada e sem previsão de reinício.

Segundo o deputado federal Evair de Melo (PV), que participou da assinatura da ordem de serviço junto com o ministro dos Transportes, Maurício Quintella, e demais parlamentares capixabas, o consórcio que venceu a licitação estava com tudo pronto para iniciar a duplicação, mas foi proibido por conta de exigências do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema).

"Nesse momento, a obra está paralisada porque o Iema exigiu que a empresa contratada refizesse a contagem da fauna e flora local. A empresa chegou a colocar o maquinário no local indicado [próximo ao Trevo de Paraju], mas precisou encerrar tudo por conta desse pedido absurdo. É um levantamento que não tem nenhuma razoabilidade, dentro de uma legislação ultrapassada que temos atualmente", revelou Evair.

O que falta?

O Iema, no entanto, revelou que realizou nesta sexta-feira (2) uma reunião com membros do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), responsável por tocar a obra, para tratar do tema. De acordo com nota divulgada pelo órgão, para que a obra comece, "o Dnit deve obter a anuência do IDAF para a supressão de vegetação e contratar a equipe responsável pelo manejo da fauna durante a execução da obra (o que é exigido em qualquer obra desse porte)".

Três pessoas morreram em um acidente na BR-262 na última quinta-feira (1º)

O órgão federal também foi criticado pelo deputado, que apontou o DNIT como o principal responsável pelos acidentes causados na via, como o que ocorreu na última quinta-feira (1º), em Marechal Floriano, e resultou na morte de três pessoas.

"O DNIT tem sido incapaz de manter a rodovia em segurança. A pista está mal conservada, cheia de buracos e o órgão é o responsável por isso. Por conta desses problemas é que temos constantemente acidentes no local".

A reportagem do Folha Vitória tentou contato telefônico com o DNIT, mas as ligações não foram atendidas. Também foi encaminhado um e-mail para a assessoria de comunicação do órgão, mas o mesmo não foi respondido até a publicação desta matéria.

A duplicação

A primeira parte da duplicação da BR-262 vai compreender um trecho de 55 quilômetros, entre o Km 16, na altura da ponte de Viana, até o Km 71, que fica nas proximidades da Casa da Bica, em Domingos Martins. O valor dessa parte da obra é de R$ 82 milhões.

Evair de Melo propôs a inclusão de R$ 200 milhões para a obra na BR 262

No entanto, para que a obra não pare por falta de verba após a finalização do trecho de 7,5 quilômetros já autorizado, Evair de Melo propôs a inclusão de R$ 200 milhões ao Orçamento da União para a obra através de um emenda individual.

"Indiquei essa emenda de R$ 200 milhões para que o governo não alegue que não tem orçamento", finalizou.

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