Geral

Capixaba fala sobre situação no Canadá após atropelamento que deixou 10 mortos

O atropelamento aconteceu na última segunda-feira (23). Pelo menos 15 pessoas ficaram feridas

A capixaba e jornalista Aline Amaral, que está na região onde aconteceu o atropelamento no Canadá na última segunda-feira (23) e deixou 10 mortos e pelo menos 15 feridos, falou sobre a situação em Toronto na manhã desta terça-feira (24). A capixaba foi a Toronto estudar e atualmente mora na casa de uma família, cerca de meia hora de onde aconteceram os atropelamentos. 

O fato

Um homem atropelou e matou 10 pessoas e deixou pelo menos 15 feridas em Toronto, no Canadá, na última segunda-feira (23). O suspeito foi descrito por conhecidos como um jovem "socialmente desajeitado" e "expert em computadores e tecnologia". As informações são do jornal canadense The Globe and Mail.

Em coletiva de imprensa, o chefe de polícia Mark Saunders identificou o suspeito como Alek Minassian, de 25 anos. Minassian é de Richmond Hill, Ontario, e não tinha antecedentes criminais. Ele foi detido e está sob custódia. 

Alunos da faculdade Seneca, de Toronto, onde o suspeito estudou por pelo menos sete anos, afirmaram ao periódico que Minassian era visto como um homem sem convicções religiosas ou políticas e sem tendências à violência. Eles disseram duvidar que Minassian poderia dirigir, ainda mais planejar um atropelamento em massa.

Pelo menos três colegas de classe do jovem declararam ao The Globe and Mail acreditar que ele sofria de algum tipo de 'incapacidade social'.

Um dos estudantes, que informou ter feito um projeto na faculdade com Minassian, relatou que o suspeito tinha dificuldades em se relacionar, falar com outras pessoas e trabalhar sob pressão — além de apresentar um tique nervoso de tremer as mãos e bater na própria cabeça. O estudante, que não quis ser identificado, disse não acreditar que Minassian tenha agido por motivações políticas. Para o jovem, o suspeito perdeu o controle do veículo e entrou em pânico.

Em um vídeo do momento da detenção de Minassian que circula pelas redes sociais, é possível ver o suspeito pedindo ao policial que o mate após sair do carro.

Outro estudante de ciências da comunicação na faculdade Seneca contou ao The Globe and Mail que Minassian concluiu um curso na área na semana passada. O suspeito teria importantes habilidades de codificação (listagem de dados ou programas de computador codificado).

Na segunda-feira à noite, a polícia canadense isolou uma propriedade de Richmond Hill cujos registros estariam em nome de Vahe e Sona Minassian.

O The Globe and Mail revelou que, em 2009, uma mulher identificada como Sona Minassian foi entrevistada pelo jornal Richmond Hill Liberal lamentando que seu filho — que sofria de uma forma de autismo chamada Síndrome de Asperger — corria o risco de perder o acesso a um programa especial chamado "Helpmate". O projeto ajudava o adolescente a "trabalhar suas barreiras cognitivas e se preparar para o local de trabalho". O nome do filho de Sona não foi citado na reportagem.

Atropelamento em massa

O atropelamento ocorreu pouco antes das 13h30 (14h30 no horário de Brasília), num momento em que um grande número de trabalhadores estava em horário de almoço. Pelo menos uma testemunha descreveu o motorista como parecendo atingir as vítimas deliberadamente num espaço de aproximadamente 1,6 km.

A tragédia se deu a cerca de 30 quilômetros do centro da cidade, onde os ministros das Relações Exteriores do G7 — formado por Canadá, Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão — se reuniram nesta segunda-feira. Não houve nenhuma mudança perceptível na segurança em torno do Hotel Intercontinental, onde os ministros se reuniam.

O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, disse que as autoridades estão investigando o incidente. "Ainda estamos coletando informações e, assim que pudermos, compartilharemos com os canadenses", afirmou Trudeau a repórteres cerca de uma hora após a notícia do incidente. 

Portal R7!

Pontos moeda