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Chanceler russo afirma que EUA estão tentando dividir a Síria

Redação Folha Vitória

O ministro das Relações Exteriores da Rússia disse neste sábado que os Estados Unidos estão tentando dividir a Síria. Durante uma reunião com seus colegas do Irã e da Turquia, Sergey Lavrov, afirmou que os recentes ataques com mísseis liderados pelos EUA contra a Síria "agravaram situação".

Ele acrescentou que as declarações sobre o apoio à integridade territorial da Síria "são apenas palavras que, aparentemente, abrangem planos de reformatação do Oriente Médio e planos para dividir a Síria em partes".

Lavrov se reuniu com o chanceler iraniano Mohammad Javad Zarif e com o ministro das Relações Exteriores turco, Mevlut Cavusoglu. Rússia, Irã e Turquia são os estados garantidores do chamado "processo Astana", que visa acabar com a violência na Síria.

As três autoridades concordaram em intensificar os esforços para fornecer ajuda humanitária à Síria. "Vamos garantir que esta ajuda seja fornecida da maneira mais eficaz. Nós vamos cooperar com o governo, a oposição e, claro, com nossos homólogos nas Nações Unidas, a Cruz Vermelha Internacional, a Crescente Vermelho Árabe Síria e outras organizações internacionais ", disse Lavrov. Grupos de ajuda internacional acusaram repetidamente o governo sírio, que é apoiado por Rússia e Irã, de impedir a entrega de ajuda a áreas controladas por rebeldes.

Lavrov também reiterou a visão russa de que o alegado ataque com armas químicas realizado à cidade de Douma, no início deste mês, foi um "pretexto artificial" para o lançamento de mísseis pelos EUA, Grã-Bretanha e França.

Os ministros emitiram uma declaração conjunta condenando os ataques químicos e disseram que qualquer relato do uso desse tipo de armas deve ser "investigado imediatamente e profissionalmente" pela Organização para a Proibição de Armas Químicas. Uma equipe da entidade tentou repetidas vezes chegar à Douma para investigar o ataque relatado.

O chanceler turco Cavusoglu, por sua vez, criticou os Estados Unidos por apoiarem a principal milícia curda, que desempenhou um papel fundamental no retrocesso do Estado Islâmico e agora controla muito do norte e leste da Síria. A Turquia vê os

combatentes curdos como uma extensão da insurgência curda que atua no sudeste de seu território. "Hoje, os EUA apoiam organizações terroristas e isso precisa parar"

disse.

Fonte: Associated Press

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