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Homem é denunciado por se passar por médico durante quase três meses em presídio do ES

A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) confirmou a informação e acrescentou que o atendimento dos detentos já está sendo realizado por outro profissional

Breno Ribeiro

Redação Folha Vitória
O suposto falso médico prestava serviço na unidade prisional desde o dia 1 de fevereiro deste ano

Um homem, identificado como Victor de Barcellos Zanon, foi afastado de atividades médicas em uma unidade prisional do Espírito Santo após denúncia de que o mesmo não possuía formação na profissão de médico. A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) confirmou a informação e acrescentou que o atendimento dos detentos já está sendo realizado por outro profissional, contudo, se recusou a dizer em qual unidade ocorreu o fato.

Zanon prestou vestibular para medicina em uma universidade de Vila Velha em 2011 e, de acordo com uma fonte do Folha Vitória, teria largado o curso em 2015. A Sejus também confirmou que o suposto falso médico prestava serviço na unidade prisional desde o dia 1 de fevereiro deste ano, por meio da Organização Social Vida e Saúde (Invisa), responsável pelo serviço de saúde no presídio.

A reportagem tentou contato com a Invisa, mas não teve as ligações atendidas. A Sejus informou que foi notificada pela Invisa sobre o caso nesta terça-feira (24) e que já adotou todas as medidas cabíveis. O caso também foi comunicado à Polícia Civil, ao Ministério Público e ao Conselho Regional de Medicina.

O Conselho Regional de Medicina do Estado (CRM/ES) confirmou o recebimento da denúncia e disse que vai checar todas as informações com o sistema do conselho para cruzar dados e descobrir se há algum médico com esse nome, qual o CRM utilizado e outros detalhes.

O CRM/ES acrescentou ainda que, se após a checagem de informações for constatado que Victor realmente não é médico, o caso será denunciado pelo conselho à Polícia Civil, já que a organização só pode agir em casos relacionados a profissionais da área médica.

Uma informação dá conta de que Victor estaria usando um número de CRM da Bahia. O Folha Vitória buscou pelo nome de Zanon nos CRM's do Espírito Santo e do Estado da Bahia, mas em ambas as pesquisas, nenhum resultado foi encontrado nos sistemas.

A reportagem procurou Victor de Barcellos Zanon para comentar acerca das acusações, mas não obteve sucesso até o fechamento desta matéria.

A Polícia Civil disse que o caso vai seguir sob investigação.

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