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Greve: Ufes suspende funcionamento de restaurante universitário

A universidade já está há cinco dias sem aulas, devido a uma paralisação promovida inicialmente pelos professores e posteriormente pelos alunos

Redação Folha Vitória

Foto: Thiago Soares/Folha Vitória

A Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) suspendeu, nesta sexta-feira(19), o funcionamento do restaurante universitário nos campos de Goiabeiras devido ao acúmulo de lixo na área do restaurante. 

Para os usuários do campus de Maruípe, houve o fornecimento de marmitas apenas para o almoço, com distribuição ao meio-dia.

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Em nota, a Administração Central da Ufes informou que a sujeira poderia comprometer a qualidade das refeições em caso de funcionamento. Os funcionários foram dispensados assim que chegaram no local. 

A entidade alegou que a coleta de detritos provenientes do preparo dos alimentos, feita pela Prefeitura de Vitória, também foi interrompida pelo município durante o fechamento dos acessos ao campus.

"A Administração Central destaca também que tem envidado todos os esforços para a manutenção das atividades no Restaurante Universitário de Goiabeiras mesmo no grave cenário de fechamento do campus", diz a nota. 

Professores liberaram portões 

Na última quarta-feira (17), a Administração Central notificou extrajudicialmente a Associação dos Docentes da Ufes (Adufes) para a abertura dos portões, que estavam bloqueados pela greve desde o início da semana.

O ato paredista que acontece na Ufes faz parte de um movimento nacional de docentes das federais (institutos e universidades) buscando melhores condições de trabalho.

Dentre as reivindicações da classe estão a restauração do orçamento das Instituições Federais de Ensino, ampliação dos programas de assistência estudantil, revogação do novo ensino médio e melhoria das condições de trabalho.

No momento, ocorrem negociações nacionalmente, em Brasília, com o governo e o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior(Andes), para decidir se a greve será interrompida ou não. 

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Alunos da Ufes iniciam manifestações

No entanto, uma nova paralisação, dessa vez organizada pelos estudantes, bloqueou os portões do campus de Goiabeiras nesta manhã da última quinta-feira (18). 

Nas redes sociais, o DCE informou que os portões da Ufes ficariam fechados para a reivindicação das demandas essenciais da comunidade acadêmica. 

A paralisação estudantil seguiu para o seu segundo dia, e os portões da Universidade permaneceram fechados nesta sexta-feira (19).

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Pontos destacados para a paralisação, segundo o DCE:

1) Revogação da resolução que associa assistência estudantil ao calendário letivo;
2) Jantar em Maruípe;
3) Revogação da portaria 23/2016 que restringe manifestações culturais no campus;
4) Melhoria na iluminação do campus, garantindo um ambiente mais seguro para todos;
5) Implementação de cotas trans e unificação do sistema quanto ao nome social;
6) Aumento da assistência para estudantes com deficiência;
7) Criação de Comissão de Avaliação, sob responsabilidade da Secretaria de Inclusão e Acessibilidade (SIAC);
8) Ampliação de acessibilidade no RU para pessoas com deficiência e neuro divergentes;
9) Reabertura do RUzinho de Goiabeiras.
A paralisação, dessa vez, não foi organizada pelos docentes em greve. Após a notificação extrajudicial enviada pela UFES aos professores, os portões seriam liberados.
"O bloqueio dos acessos, que segundo informações veiculadas pela Adufes em suas redes sociais deve ser mantido até sexta-feira (19), desrespeita a Lei de Greve (Lei 7.783/89), que proíbe aos grevistas impedir o acesso ao trabalho, além do direito de ir e vir, assegurado pela Constituição Federal", diz a nota da Ufes.

No início da noite desta sexta-feira (19), a Ufes publicou em suas redes sociais uma nota convocando para o dia 2 de maio uma sessão extraordinária do Conselho Universitário para tratar da pauta de reivindicações apresentadas pelo movimento estudantil.

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