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Entenda a evolução dos smartphones e como a sociedade se comporta com novas tecnologias

Os smartphones, que são os aparelhos que processam informações, revolucionaram a maneira como a sociedade se comunica e se comporta

Breno Ribeiro

Redação Folha Vitória

Desde a criação do primeiro telefone celular inteligente, na década de 90, houve uma série de avanços tecnológicos que tornaram os aparelhos cada vez mais sofisticados. Os smartphones, que são os aparelhos que processam informações, revolucionaram a maneira como a sociedade se comunica e se comporta.

Segundo o professor do Laboratório de Telecomunicações (LabTel) da UFES, Marcelo Segatto, o coração dos smartphones é o microcontrolador, que é, na verdade, uma versão mais simples do microprocessador de um computador. Essa tecnologia no aparelho celular possibilitou poder de processamento. Aliada à essa tecnologia, três componentes básicos completaram o telefone inteligente.

"O primeiro deles é a bateria, que existe para dar continuidade de bateria para que o aparelho possa operar. O segundo é a tela, que exibe o processamento ao usuário. E, por último, é o armazenamento, que define quantos arquivos podem ser carregados dentro do aparelho. Essas tecnologias já existiam, mas o que veio como novo foi reunir tudo em um pequeno aparelho", diz.

Juntamente com o microcontrolador, houve também avanço tecnológico no desenvolvimento de sistemas operacionais O primeiro deles, chamado iOS surgiu em 2007, com a criação do primeiro iphone da Apple. Esse aparelho marcou a facilidade no acesso a aplicativos e também o lançamento do ecrã tátil, ou touch screen, que é a tela sensível ao toque.

No ano seguinte, foi lançada a loja de aplicativos da Apple, a Apple Store. Na primeira semana do lançamento da loja de app's, foram registrados 10 milhões de downloads. Também em 2008, houve o lançamento do sistema operacional Android e da loja de aplicativos do sistema, a então Android Market, que evoluiu à Play Store.

Após o lançamento dos sistemas operacionais, 11 anos se passaram e mais avanços tecnológicos nos aparelhos celulares foram percebidos. O processamento ficou melhor, as baterias duram mais tempo, o touch screen evoluiu e as câmeras ganharam mais resolução.

"A bateria foi se transformando e hoje possui toda uma química preparada para que os telefones durem mais sem riscos de esquentar. Na tela percebemos o avanço da interação, que foi o grande ganho do smartphone possibilitar que o usuário controle todo o telefone através do dedo. O processamento de um telefone comum hoje é o mesmo que tinha na década de 80 em computadores maiores", comenta Segatto.

O professor da LabTel faz uma previsão de como serão os aparelhos mais modernos daqui a 11 anos. Segundo ele, os telefones terão ainda mais poder de processamento, baterias melhores, telas curvas, para melhorar o desempenho do aparelho, e também qualidade de vídeo muito maior.

"Além disso, tem um novo conjunto de tecnologias chegando. Trata-se do chamado 5G. A partir de 2020 haverá o que chamamos de comunicação máquina a máquina, em que os telefones vão conversar e trocar informações entre si para que possam tomar decisões não com as informações informação que eles coletaram, mas também com as dos telefones vizinhos. As informações terão mais precisão. Os celulares processarão informações juntos. Os aparelhos daqui a 11 anos serão, em muitos aspectos, melhores do que os que temos agora", projeta.

Com todos esses avanços, a sociedade reflete também grandes mudanças de comportamento. De acordo com o professor e consultor de marketing digital da Wis Educação, Marcos Rezende, a principal delas é o consumo da informação. Segundo ele, atualmente a sociedade consome muito mais informação e também gera informações.

"É o excesso de informação que faz com que a sociedade cada vez busque ou se espelhe mais utilizando o celular. Porque antigamente o telefone possuía o fim de comunicar utilizando a voz. Hoje, ele é muito mais do que isso é por isso acho que a principal mudança é a informação, que faz com que as pessoas fiquem mais tempo buscando seu interesses", comenta.

Rezende afirma que a dinâmica de mudança de comportamento da sociedade está diretamente relacionada à expectativa sobre as novas funções implementadas nos aparelhos. "A gente brinca que nós somos 'síbridos', pois uma parte da gente vive dentro de nós mesmos e outra vive no computador. Eu acredito, que, em breve, a questão da busca vai ser muito mais pela voz do que por texto. A gente já vê a Siri, da Apple, ensaiando isso para a gente de uma forma muito prática, entendendo nossos interesses ou repetições de ações. É como se fosse uma extensão nossa", revela.

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