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"Geração nem-nem": número de jovens que não estudam e nem trabalham cai no ES

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, divulgada pelo IBGE

Embora o Brasil tenha aumentado o percentual de jovens de 15 a 17 anos na condição “nem estuda nem trabalha”, conhecida como “geração nem-nem”, em 2,8% entre 2016 para 2017, no Espírito Santo houve uma queda de 13% nesse contingente no mesmo período. Isso é equivalente a duas mil pessoas que saíram dessa condição de não estudar e nem trabalhar. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ainda de acordo com os dados da Pnad/IBGE 2017, a taxa de analfabetismo do Espírito Santo também regrediu, apresentado a segunda maior queda do Brasil. Com uma variação de 11,3%, a taxa de analfabetismo entre as pessoas com idade superior a 15 anos registrou uma redução em 2017 com relação ao ano anterior, são 18 mil analfabetos a menos que em 2016.

Os números também apontam a redução de 15,6% da população de 14 anos ou mais sem instrução no Espírito Santo. No mês período, o Brasil registrou queda de apenas 7,7%, praticamente metade do indicador capixaba.

Segundo o Governo do Estado, esse número caiu por conta dos programas implantados pela Secretaria de Estado da Educação (Sedu), como Escola Viva e o Jovem de Futuro, que estão entre as principais ações de engajamento responsáveis para que os jovens capixabas permaneçam na escola e concluam o Ensino Médio na idade adequada.

Implantada em 2015, a Escola Viva, voltada a oferta de educação integral a partir do “projeto de vida” de cada aluno, já está ofertando 20 mil vagas para estudantes de várias regiões do Espírito Santo. A estudante Luana de Sales Nery Santos, da 3ª série do Ensino Médio, contou que havia parado de estudar, mas decidiu voltar.

“Em 2015, não me sentia satisfeita e nem motivada na escola em que estudava, então, decidi parar de estudar. Após conhecer o programa, quis começar tudo de novo. Fiz a matrícula, retomei e não parei mais. Aqui na Escola Viva São Pedro encontrei o meu lugar. A relação com os professores é ótima, temos mais atenção, estudo orientado, além da tutoria que te dá um suporte pedagógico e emocional muito grande. Criei um vínculo com a escola e consegui me destacar em várias disciplinas”, disse.

Outra ação executada no mesmo período foi o Programa Jovem de Futuro, que em 2018 alcançou a universalidade de atendimento na rede estadual, alcançando todas as escolas que ofertam Ensino Médio, beneficiando mais 80 mil estudantes. Com ele, o Governo do Estado disse que os estudantes são estimulados a transformar a escola numa realidade participativa e democrática, discutindo e buscando soluções para os problemas do dia a dia. A ação envolve: diagnóstico, plano de ação, monitoramento de resultados e correção de rotas ao longo do ano letivo.

De 2015 para 2017, a taxa de abandono no Ensino Médio caiu de 5,7% para 3,4%. “Comemoramos algumas vitórias como a redução do abandono escolar. Essa redução é fruto de políticas públicas que estão sendo implementadas como a Escola Viva, o programa Jovem de Futuro, o Pacto pela Aprendizagem que está sendo trabalhado nos municípios com um olhar completo para a criança, o adolescente e para os jovens, em toda sua vida escolar. Mas precisamos alcançar os jovens que ainda estão fora da escola. Com uma política mais ampla e articulada não só do ponto de vista da escola, mas do trabalho também com várias instituições, família, conselho tutelar, ministério público, a comunidade em torno da escola para que juntos possamos fazer um grande esforço”, destaca o secretário de Estado da Educação, Haroldo Rocha.

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