Paralisação dos caminhoneiros

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Produtores driblam bloqueios nas estradas e alimentos chegam à Ceasa

Nesta segunda, o produtor reapareceu. Segundo informações da central, 144 caminhões com hortaliças conseguiram chegar

Oito dias após o início da paralisação dos caminhoneiros, a Central de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa) começa a receber de volta os produtores das mercadorias. O movimento, no entanto, ainda não é considerado normal.

Aos poucos, os produtos começam a reaparecer. Por conta das manifestações, os agricultores encontram dificuldades para passar nas rodovias. Mesmo assim, alguns conseguiram chegar na central na manhã desta segunda-feira (28).

É o caso do produtor Lourenço Garbrecht. Segundo ele, chegar à Ceasa não foi fácil. “Estava tudo fechado. Tivemos que voltar para Santa Leopoldina e conversamos com o policial. Depois de umas três horas, a gente conseguiu seguir”, disse.

Por este motivo, a comercialização de frutas, legumes e verduras ainda não é considerada normal na Ceasa. Enquanto falta serviço, alguns trabalhadores do local aproveitam o tempo para fazer churrasco ou ficam sentados de braços cruzados.

Em uma das lojas, o único produto comercializado é a cebola. Segundo o vendedor Fábio Rezende, o preço da mercadoria até reduziu. “Chegou na sexta-feira e a gente conseguiu manter ela no estoque. O preço baixou de R$ 90 para cerca de R$ 75 o saco”, afirmou.

Outros trabalhadores aproveitam o tempo livre para diversificar a atividade. O carregador Bily Paunucio, por exemplo, se juntou com colegas para lavar a fachada da loja. “Não tem serviço. Tem que inventar. Essa greve afeta todo mundo”, relatou.

Em dias normais, circulam pela Ceasa cerca de dois milhões de quilos de legumes, frutas e verduras. No entanto, de acordo com funcionários, na segunda (21), terça (22) e quarta-feira (23) da semana passada, essa quantidade reduziu à metade. Na quinta-feira (24), a movimentação foi à zero e, na sexta (25), o movimento foi considerado insignificante.

Nesta segunda, o produtor reapareceu. Segundo informações da central, 144 caminhões com hortaliças conseguiram chegar. Os compradores, principalmente do Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia ainda não têm como buscar os produtos. 

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