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Com 200 cruzes em praia, donos de bares e restaurantes protestam contra restrições no ES

Estimativa é de que 25 mil postos de trabalho tenham sido extintos em todo o Estado, segundo o Sindibares

Iures Wagmaker

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação/Sindbares

Quem passou pela Praia de Camburi, em Vitória, na manhã desta quinta-feira (13), se deparou com 200 cruzes fincadas na areia. Em cada uma delas, foi colocado o nome de profissões que não estão trabalhando em diversas cidades do Espírito Santo, em razão das restrições para conter o avanço da pandemia.

O ato, promovido pelo Sindicato dos Restaurantes, Bares e Similares do Espírito Santo (Sindbares), foi realizado de forma silenciosa. De com o presidente do sindicato, Rodrigo Vervloet, trata-se de um pedido de socorro pela flexibilização das medidas restritivas de funcionamento.

"Nossa proposta foi demonstrar quantas empresas e famílias foram sacrificadas ao longo destas restrições, muitas vezes, desnecessariamente. Estamos aqui para mostrar para a sociedade que tudo está funcionando normalmente - os ônibus, o comércio - e foi escolhido um setor para pagar de bode expiatório, apesar de ser o primeiro setor que apresentou um protocolo de trabalho seguro. Estamos registrando o sacrifício feito para mostrar essa indignação", explicou.

Segundo o presidente, as cruzes representam o trabalho de profissionais que atuam em bares, restaurantes, lanchonetes, além de músicos, DJs e profissionais de eventos, de forma geral. Ele afirma que a estimativa é de que 25 mil postos de trabalho tenham sido extintos em todo o Espírito Santo.

Mapa de Risco

Pelo decreto em vigor no Espírito Santo, bares não podem funcionar nas cidades capixabas classificadas em risco alto. Restaurantes podem abrir, com restrições de dias e horários, e as lanchonetes podem realizar o serviço de entregas.

Um novo mapa de risco deve ser anunciado nesta sexta-feira (14). Caso as cidades da Grande Vitória sejam classificadas em risco moderado, os bares serão autorizados a funcionar, com restrições de horários. A expectativa é de que o governo flexibilize as regras para abertura do setor.

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