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Fenômeno La Niña chega ao fim, mas pode voltar na primavera

No Espírito Santo e em outras regiões, as temperaturas durante o inverno devem variar entre a média e pouco abaixo da média

Foto: Divulgação

O fenômeno La Niña, que ocorreu no oceano Pacífico e provocou diversas instabilidades no clima ao seu redor, chegou ao fim. É o que indica o relatório da Agência de Meteorologia e Oceanografia Norte Americana (NOAA), divulgado nesta quinta-feira (13). 

De acordo com a agência, a tendência é de manutenção da neutralidade durante o inverno brasileiro e chance de retorno de um La Niña fraco no fim do ano. Segundo o Climatempo, neutralidade não significa chuva e temperaturas dentro da média. Existem outras variáveis além da temperatura do oceano Pacífico que impactam o clima. 

A atualização da previsão trimestral da simulação canadense (CanSIPS) indica o período entre maio e julho com chuva abaixo da média nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil.

Apesar da previsão de chuva abaixo da média, não há expectativa para uma seca persistente como foi a observada no ano passado. Em 2020, sob La Niña, a chuva não apareceu com tanta frequência, mas neste ano, sem o fenômeno, não será estranho o aparecimento de alguns períodos mais úmidos, embora na soma de três meses, o acumulado de chuva não seja suficiente para alcançar a média histórica.

A simulação europeia (ECMWF) indica chuva mais intensa sobre a região Sul e os estados de São Paulo e de Mato Grosso do Sul, entre 25 e 31 de maio, por exemplo. No Norte, há previsão de chuva acima da média, enquanto o Nordeste tem previsão de uma precipitação próxima do normal na maior parte da região.

Para temperatura, a simulação (CanSIPS) indica desvio acima do normal especialmente no norte do Paraná, interior de São Paulo e de Minas Gerais e na região Centro-Oeste.

Já na costa do Sudeste, entre Rio De Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais, há um desvio da temperatura entre a média e um pouco abaixo da média. De acordo com o Climatempo, isso indica um padrão de deslocamento das ondas de frio, que passarão pela maior parte da região Sul, mas desviarão para a costa do Sudeste, mantendo o interior do Brasil com temperaturas mais elevadas que o normal.

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