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Milhares de abelhas podem ter sido envenenadas e apicultor de Vila Velha tem prejuízo de R$ 5 mil

Adair José contou que vai ao local todos os dias e que assim que chegou, já percebeu que algo estava errado

Foto: Reprodução TV Vitória

A polícia deve investigar um caso de envenenamento de abelhas, que rendeu a um produtor de Vila Velha, um prejuízo de R$ 5 mil. Adair José Nogueira é apicultor e apaixonado pelo trabalho. Nesta semana, ele teve uma perda grande: milhares de abelhas apareceram mortas. A suspeita é que elas tenham sido envenenadas

Adair perdeu quase dois anos de trabalho duro. "Quando cheguei no apiário por volta de 11 horas constatei que não tinha abelha nos caixotes. Olhei para o chão e estava cheio de abelhas mortas".

O apiário fica em uma área rural de Xuri, em Vila Velha. São 18 colmeias, e em cada uma delas, cerca de 50 mil abelhas. O apicultor foi ao local para fazer uma revisão de rotina. Quando chegou, percebeu que havia algo errado. Ele encontrou milhares de abelhas mortas, e a suspeita é de que elas tenham sido envenenadas.

Adair vende os favos de mel em feiras e para conhecidos. Até a cera é reaproveita. "Faço isso por prazer. Tenho 72 anos e venho pra cá todos os dias, fico mexendo e limpando tudo. Vou adquirindo rainha e cera para melhorar, mas aí vem alguém e faz isso com a gente". 

O presidente da Associação de Apicultores do Espírito Santo, que também é produtor e especialista no assunto, viu as imagens do apiário de Adair e comentou sobre o ocorrido.

"Quando acontece esses crimes, seja de envenenamento de apiário ou furto, em que geralmente a pessoa envenena primeiro o apiário e depois furta o mel, a pessoa está se prejudicando de várias formas. Prejudica a sociedade com um crime ambiental, já que a abelha é essencial para a produção de alimentação para a população, e o produtor em si que perde tudo", disse Giliard Volkers Barbosa.

Giliard afirma que o envenenamento de abelhas causa danos ambientais ainda mais amplos. "Se você tiver um Brasil sem abelhas, pode esquecer maçã, chuchu, abóbora e tomate, por exemplo."

Com prejuízo estimado em R$ 5 mil, Adair não quer que o ocorrido seja esquecido. "Eu espero que a polícia ambiental investigue".

A equipe de jornalismo da TV Vitória/RecordTV procurou a Polícia Militar Ambiental para saber se há alguma estatística de ocorrências envolvendo abelhas, mas foi informada que não há dados como esse. 

*Com informações do repórter Lucas Henrique Pisa, da TV Vitória/RecordTV

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