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Doutor Peludo: médico do ES será investigado por filmar sexo em consultório e divulgar na internet

O médico é infectologista, natural do Espírito Santo, mas atuava em uma clínica no Distrito Federal

Marcelo Pereira , Iures Wagmaker

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução / Twitter

Um médico capixaba, natural de Vila Velha, está sendo investigado pelo Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) por divulgar imagens de sexo na internet, supostamente, filmadas em consultórios, envolvendo pacientes e colegas de trabalho.

Numa rede social, ele mantinha uma conta aberta ao público, com conteúdos descritos para maiores de 18 anos. Cenas explícitas de sexo eram publicadas em fotos e vídeos, sempre em ambientes que lembravam um consultório. Ele ainda usava jaleco e um estetoscópio nos vídeos. As informações são do portal Metrópoles.

O médico é infectologista e atuava em uma clínica em Brasília, no Distrito Federal. Ele possui registro no CRM ativo na Capital Federal, no Espírito Santo, no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Nesta quarta-feira (25), o perfil dele no Twitter já está desativado. Identificado como "PeludoAN" (sendo "AN" uma abreviação para "Asa Norte", bairro de classe média alta de Brasília), ele publicava os vídeos explorando fetiches com direito a legendas provocativas: "Consultório me dá tesão", escreveu em uma postagem.

Vídeos incluiam de sexo oral a fetiches com homens casados

Nos vídeos, bastante explícitos, o infectologista registrava de cenas de sexo oral a relação sexual completa. Os homens que faziam sexo com ele eram de perfis variados: loiros, morenos, cabeludos, carecas. 

O médico tinha um fetiche especial por homens casados. Ter uma aliança dourada na mão esquerda fazia do parceiro da filmagem uma atração especial.

“Consultório, já viu: tesão na certa, com o tanto de macho gostoso que passa comigo”, diz ele em outra postagem. Entre os posts, há também registros de sexo grupal com outros homens. Estes, porém, feitos em ambiente doméstico.

Ele é especialista em tratamento de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Apesar disso, em diversos vídeos, preservativos não eram usados. Todas as relações foram supostamente consentidas.

Segundo apuração do Metrópoles, a clínica onde ele atendia em Brasília informou que ele não faz mais parte do quadro de funcionários desde terça-feira (24). 

A conta do Instagram do especialista segue aberta, mas com postagens comuns, que mostram viagens e o dia a dia do especialista.

Médico pode perder registro profissional em todo o Brasil

Procurado, o Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal informou que o profissional denunciado será investigado por meio de uma sindicância. "O procedimento correrá em sigilo para verificar se há indícios de infração ética”, afirmou.

Já o Conselho Regional de Medicina do Espírito Santo (CRM-ES), informou que, como o caso teria acontecido em Brasília, somente o CRM-DF deve apurar. "No caso de alguma penalidade, ela é aplicada em todos os Regionais em que o infectologista estiver inscrito".

O Folha Vitória enviou mensagem para o médico pelo Instagram. Até a publicação da reportagem, não houve visualização. O espaço segue aberto para manifestação dele. O texto será atualizado, assim que obtivermos uma resposta.  

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