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No Rio, população espera por mais de duas horas por ônibus

Redação Folha Vitória

Trabalhadores que ficaram sem ônibus na Central do Brasil por causa da greve dos rodoviários nesta segunda-feira, 11, esperaram mais de duas horas para ir para o trabalho. Um grupo de domésticas aguardava às 10h30 pelo 309 (Central - Alvorada) temendo a incompreensão dos patrões.

"Acho a greve justa, mas deixar o trabalhador a pé não é. Já avisei ao patrão, não sei se entenderá", disse Jaqueline Soares, de 45 anos, que foi de Piabetá, na Baixada fluminense, sem problemas (a greve é apenas na capital), e esperava na Central para seguir para a Barra, na zona oeste, depois de 2h15 na fila.

"Sou solidária aos motoristas, as condições de trabalho são péssimas. Mas, e a gente, faz como?", lamentou Marilene da Costa, de 38 anos. "Como aumentam a passagem e não repassam nada para a categoria? Só piora para todo mundo", afirmou Darlene Santos, de 34 anos. A passagem passará de R$3,60 para R$ 3,95.

Funcionários da empresa Real, da linha 309, informaram que de 66 coletivos só estão circulando seis. Não houve ameaças a motoristas, conforme despachantes da Real informaram à reportagem na Central do Brasil, terminal de grande movimentação de onde partem ônibus para toda a cidade.

Segundo o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de ônibus do Rio (Sintraturb Rio), cinco empresas estão paradas nesta segunda-feira, Real, Ideal, Paranapuã, Redentor, Três Amigos e Barra, que atendem bairros da zona norte, zona sul e zona oeste. Entre 20% e 30% da frota deverá se manter rodando.

A categoria reivindica reajuste salarial, plano de saúde, vale-alimentação, vale-refeição e fim de dupla função de motorista e cobrador, entre outras melhorias nas condições de trabalho.

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