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Dono de carro que explodiu em posto teria trocado kit gás regular por botijas de gás de cozinha

Segundo o delegado Marcelo Nolasco, da 2ª Delegacia Regional de Vila Velha, por meio desse cilindro a polícia pode conseguir chegar até o proprietário

Segundo o delegado, o kit gás foi retirado do veículo recentemente para a instalação das botijas de gás de cozinha | Foto: TV Vitória

A polícia descobriu que o carro que explodiu na última terça-feira (10), enquanto era abastecido com gás em um posto de combustíveis de Cobilândia, em Vila Velha, já teve um kit gás regular, que foi substituído por botijas de gás de cozinha recentemente.

Segundo o titular da 2ª Delegacia Regional de Vila Velha, delegado Marcelo Nolasco, essa informação foi confirmada por antigos proprietários do veículo. "Nós ouvimos dois donos anteriores desse veículo e os dois afirmam que esse carro tinha um kit gás regular instalado, um kit gás de cilindro legalizado. E ele, de dois ou três meses para cá, teve esse kit gás retirado e foi instalada essa gambiarra, com botijões em seu lugar", disse o delegado.

Ainda de acordo com Nolasco, a polícia está investigando o que foi feito com o cilindro de gás retirado do veículo. O delegado espera que, com essa informação, a polícia consiga chegar até o dono do carro. "Nós temos uma informação de onde esse cilindro está instalado hoje e isso pode indicar quem seja o verdadeiro responsável pelo carro que explodiu", frisou.

Polícia Civil identificou, na parte da frente do veículo, um dispositivo onde foi instalado o kit gás | Foto: Camila Ferreira/TV Vitória

Nesta quinta-feira (12), a Polícia Civil divulgou a foto de Jackson Almeida Santos, de 24 anos, apontado como o proprietário do veículo. No entanto, segundo o delegado, a polícia recebeu novas informações que podem causar uma reviravolta no caso.

"Nós temos essa pessoa de Jackson apontada por três testemunhas. Duas são pessoas envolvidas na explosão do carro - as que chegaram com o carro até o posto de gasolina, rebocando e dirigindo - e o primeiro frentista que foi ouvido. Essas duas pessoas apontam esse Jackson como sendo o proprietário, dizendo que ele seria o que estava com a camisa de um time de futebol, no momento da explosão, junto com eles. E o frentista reconheceu a fotografia desse homem apontado como Jackson como tendo sido uma pessoa que, por várias vezes, esteve no posto anteriormente, abastecendo aquele mesmo carro. Agora o caso está tendo uma reviravolta. Nós estamos ouvindo novas pessoas e temos novas suspeitas surgindo e esperamos, até o fim do dia, já ter uma posição mais concreta sobre isso", afirmou.

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De acordo com Nolasco, o dono do veículo, que continua foragido, pode pegar até 11 anos de prisão por conta de dois crimes. No entanto, ele explica que a pessoa não poderá ser autuada em flagrante, já que o prazo para isso já expirou.

"Nós iremos indiciar a pessoa responsável pelo carro como sendo responsável por essa explosão e esse uso ilegal desse gás no carro, que constitui dois crimes diversos. Ela vai ser indiciada e o caso vai ser encaminhado à Justiça. Nós já não podemos mais, a essa altura do campeonato, fazer uma autuação em flagrante, devido ao decurso do prazo da explosão até agora. Mas ela será certamente indiciada e terá sua responsabilização feita perante a Justiça", explicou o delegado.

Marcelo Nolasco disse ainda que o veículo está no nome de uma mulher, que foi ouvida na quarta-feira (11). No entanto, ela alega que nunca soube da existência desse carro e suspeita que alguns documentos que ela perdeu podem ter sido usados indevidamente para a aquisição desse veículo.

"Esse carro está no nome de uma mulher, que já foi ouvida na data de ontem, e está no nome dela há muitos anos. Inclusive ela fala que não faz a menor ideia de como esse carro foi colocado no nome dela, pois o carro jamais pertenceu a ela. Ela alega que teve os documentos perdidos e que podem ter sido usados indevidamente", ressaltou.

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