Morte irmãos carbonizados

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Justiça nega pedido de revogação e mantém Juliana Sales presa

Como o processo que apura a morte dos irmãos está em segredo de Justiça, não há detalhes da decisão do juiz.

André Vinicius Carneiro

Redação Folha Vitória
Juliana Sales foi presa no dia 20 de junho em Teófilo Otoni, Minas Gerais. 

O Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) negou o pedido de revogação de prisão preventiva de Juliana Sales, mãe dos irmãos Kauã, de 06 anos, e Joaquim, de 03, mortos carbonizados no dia 21 de abril, em Linhares. Como o processo que apura a morte das crianças está em segredo de Justiça, não há detalhes da decisão do juiz. 

Juliana Sales foi presa no dia 20 de junho, na casa de um amigo da família, em Teófilo Otoni, Minas Gerais. Ela permanece em um presídio da cidade. Segundo a decisão da Justiça, Juliana sabia dos “supostos abusos sexuais” sofridos pelos filhos e ela, em parceria com o marido, Georgeval Alves, tinha planos de usar a morte das crianças como forma de ganhar notoriedade e ascensão religiosa.

A defesa de Juliana informou que, com o indeferimento do pedido de revogação da prisão, vai entrar com o pedido de habeas corpus. Disse ainda que, caso a suspeita de gravidez de Juliana se confirme, o pedido de liberdade de Juliana será reiterado. 

Habeas Corpus de Georgeval

No início do mês, a Justiça do Estado também indeferiu o habeas corpus impetrado pela defesa de Georgeval Alves. De acordo com informações apuradas pelo jornal online Folha Vitória, o magistrado justificou a decisão como 'perda do objeto', devido a prisão temporária dele ter sido convertida em prisão preventiva. 

De acordo com a defesa de Georgeval, na próxima semana será impetrado um novo pedido de habeas corpus. 

O crime

O pai de Joaquim e padrasto de Kauã, Georgeval Alves, é suspeito de molestar, agredir e atear fogo nos meninos, que morreram carbonizados. Ele é marido de Juliana e foi preso dias depois do incêndio.

A morte dos irmãos aconteceu em Linhares, Norte do Espírito Santo, na madrugada do dia 21 de abril. Na ocasião, a mãe das crianças estava em viagem para um congresso religioso em outra cidade. Na casa, os meninos estavam sob os cuidados de Georgeval.

Após o incêndio, os corpos carbonizados dos irmãos foram encaminhados para o Departamento Médico Legal (DML), em Vitória, onde foi necessária a realização de exames de DNA para identificação.

Na segunda-feira seguinte ao incêndio, o pastor George e a esposa, Juliana Salles, mãe das crianças, estiveram no DML para o recolhimento de material para realizar os exames de DNA. Na ocasião, George relatou para a imprensa o que teria acontecido na noite do incêndio.

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