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Representantes da saúde organizam movimento contra a terceirização de hospitais no ES

Segundo o representante do Sindsaúde/ES, com a terceirização os hospitais ficam de 3 a 4 vezes mais caros e não há garantia de melhora no atendimento

Lançamento da Caravana da Saúde no Palácio Anchieta. Foto: Thaiz Blunck

Diretores e representantes de sindicatos da área da saúde do Espírito Santos se reuniram em frente ao Palácio Anchieta, em Vitória, na manhã desta quarta-feira (18), para lançar a 'Caravana da Saúde'. Segundo o diretor do Sindsaúde/ES, José Reinaldo, o movimento é contra o anúncio recente da Secretaria de Estado de Saúde de que seis hospitais serão terceirizados até o final do ano.

"Estamos lançando a Caravana da Saúde hoje, em resposta à notícia de que mais seis hospitais vão ser terceirizados e isso é justamente para combater essa terceirização. Nós vamos rodar o Estado para demonstrar à população exatamente o que o governo quer", afirmou.

Um dos problemas, de acordo com ele, é que com a terceirização os hospitais ficam de 3 a 4 vezes mais caros e não há garantia de melhora no atendimento aos pacientes.

"O governo está querendo entregar os hospitais às empresas e, ao entregá-los, eles ficam de 3 a 4 vezes mais caros do que é hoje. O que queremos é investimento na saúde como deveria ser, dando acesso, resolvendo problemas de filas de cirurgia, de pessoas que tem que vir do interior para esses atendimentos públicos em Vitória e não enriquecer empresas", concluiu. 

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), há quatro hospitais da rede estadual geridos por Organização Social (OS): o Hospital Estadual Central, gerenciado pela Associação Congregação de Santa Catarina; o São Lucas, com a Pró-Saúde; o Dr. Jayme Santos Neves, pela Associação Evangélica Beneficente Espírito-Santense e o Infantil de Vila Velha, com o Instituto de Gestão e Humanização. Ainda de acordo com a Sesa, nenhum desses foi privatizado, o atendimento continua sendo 100% SUS e trata-se de um modelo de gestão para a melhoria do atendimento ao usuário. 

Com as OS, segundo a Secretaria, há agilidade na contratação de serviços e profissionais, na aquisição de equipamentos e insumos, além do índice de satisfação dos pacientes que, nestes quatro hospitais está em 95%, nos primeiros cinco meses de 2018.

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