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57% das estradas do País estão em situação regular, ruim ou péssima, diz CNT

Apesar do cenário insatisfatório, os dados mostram uma melhora em relação ao ano passado

Redação Folha Vitória

Mais da metade das estradas do País está em condição considerada regular, ruim ou péssima. É o que apontam os dados da 22ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias, realizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), nesta quarta-feira, 17.

Apesar do cenário insatisfatório, os dados mostram uma melhora em relação ao ano passado. De acordo com o levantamento, 57% dos trechos avaliados apresentaram estado geral com classificação regular, ruim ou péssima. Em 2017, esse porcentual foi de 61,8%. A CNT pesquisou 107.161 km, o que corresponde a toda a malha federal pavimentada e aos principais trechos estaduais, também pavimentados.

De acordo com a CNT, a pequena melhora nos dados está atrelada ao critério de sinalização, que inclui placas de limite de velocidade, faixas centrais, laterais e defensas. Neste ano, o porcentual da extensão das rodovias com sinalização ótima ou boa foi de 55,3%. No ano passado, esse número foi de 40,8%. Segundo a instituição essa melhora de 14,5 pontos porcentuais pode ser explicada pelos avanços nos programas dedicados à adequação da sinalização, sobretudo em rodovias federais.

As condições da geometria da via são problemáticas: 75,7% da extensão avaliada foi classificada como regular, ruim ou péssima. O pavimento é deficiente em 50,9% da extensão total avaliada.

Na edição deste ano, o levantamento aponta aumento de "pontos críticos", que passaram de 363 para 454 casos. Trata-se de trechos que apresentam situações graves e que podem trazer riscos à segurança dos usuários, além de custos adicionais de operação, devido à possibilidade de dano severo aos veículos, aumento do tempo de viagem ou de despesa com combustível.

Segundo os dados, as rodovias concedidas à iniciativa privada tiveram melhoria de 7,5 pontos porcentuais entre 2017 e 2018. No total, 81,9% do estado geral dessas vias foi classificado como ótimo ou bom. No ano passado, esse índice foi de 74,4%.

"Não temos dúvidas de que o poder público precisa reconhecer a importância da iniciativa privada e chamar os investidores para serem protagonistas dessa empreitada", declarou o presidente da CNT, Clésio Andrade, por meio de nota.

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