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Após queda de muro em Guarapari, trecho em orla de Meaípe segue interditado

Um poste que ameaçava cair foi retirado e duas árvores que tombaram já foram cortadas. Ainda hoje, outras duas terão o mesmo destino.

Carolina Brasil

Redação Folha da Cidade
Foto: Carolina Brasil
O trecho atingido é parte do muro antigo com mais de 50 anos, segundo moradores.

Ventos fortes, acima de 80 km/h e ondas acima do normal foram os principais agentes para a queda de parte do muro de presente na orla da Praia de Meaípe, em Guarapari, no último final de semana. De acordo com a Defesa Civil do município, houve a previsão e o alerta de vento forte e ressaca para a região, porém, não com tamanha força que atingiu o local. A área segue isolada até que medidas de normalização do trecho sejam tomadas. “O objetivo da Defesa Civil é chegar antes do acidente e assim fizemos. Manteremos todo procedimento de isolamento, a área sinalizada e o alerta para respeitarem a área isolada vale, em especial, para os estudantes, já que temos uma escola próxima”, alertou Romildo Scalzer, coordenador da Defesa Civil de Guarapari, que ressaltou que o trecho destruído não é parte do muro que foi construído há aproximadamente um ano.

Foto: Carolina Brasil
Um plano de trabalho será feito pela prefeitura para normalização do trecho afetado.

Nessa segunda-feira (22), duas árvores que tombaram passaram pelo processo de supressão e um poste de 17 metros, que já estava com inclinação negativa, foi retirado. Hoje, outra duas árvores também serão retiradas. A Prefeitura de Guarapari divulgou em nota que a Secretaria Municipal de Obras já iniciou a avaliação dos estragos para iniciar o plano de trabalho para recomposição e normalização do trecho afetado. Possíveis intervenções e prazos não foram informados.

O fato chamou a atenção para as necessidades e pedidos antigos de moradores e comerciantes da região. “A nossa praia e a rodovia estão sendo levadas pela erosão. Se fala de estudo, mas nós precisamos de ações da obra de contenção da maré e engordamento da praia. Nós temos a promessa da obra de urbanização, só que antes é preciso conter a ação para que possamos ter o que urbanizar”, declarou Marlene Demicheli, presidente da Associação de Moradores de Meaípe.

Nhozinho Mattos, empresário, contou que sonha de olhos abertos com a urbanização, e consegue ver o turista passeando em um belo calçadão. “Eu não desanimo, mas me sinto cada vez mais triste com a situação de Meaípe, que somos dependentes do turismo. Estamos abandonados e o poder público deveria olhar com mais seriedade para o nosso turismo. Parece exagero, mas Meaípe está sendo tratado como fundo de quinta de Guarapari e nós merecemos mais”, desabafou.

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